Sejam Bem Vidos!!!

A vida é presente de Deus! Cuidar bem dela é nosso dever. Dar sentido à vida é uma opção que cada pessoa faz. Este blogger apresenta para você oportunidades de conhecer nossa missão.

terça-feira, 24 de maio de 2016

Infância e Adolescência Missionária


Encontro de Formação para Assessores/as da Infância e Adolescência Missionária, realizado nos dia 21 e 22 de maio, 2016 em Três Corações, MG.

Temática Desenvolvida:
1.      História e Carisma da Infância e Adolescência Missionária (IAM);
A Pontifícia Obra da Infância e Adolescência Missionária (IAM) foi fundada por Dom Carlos Forbin-Janson, Bispo de Nancy, França, em 19 de maio de 1843.
Carlos Forbin Janson sempre se interessou muito pela realidade e evangelização dos povos. Já na adolescência manteve estreita ligação com os missionários da China. Seu desejo era ir à China e ser missionário com os missionários. Hoje a IAM está presente em todos os continentes, em mais de 130 países.

Por que Infância?
Porque os protagonistas são as crianças e adolescentes, que se dedicam em favor das crianças do mundo inteiro, independentemente da cultura, raça ou religião. O nome “Infância e Adolescência Missionária” vem de uma devoção existente então na França: a infância do Menino Jesus. Por isto surgiu com o nome de “Santa Infância”.

Por que Missionária?
É missionária porque educa as crianças no crescimento da fé, inserindo-as nas atividades missionárias numa dimensão universal. Pelo compromisso do batismo, vivem concretamente a experiência da partilha da fé e seus bens com todas as crianças do mundo.

Por que é uma Obra Pontifícia?
Porque se diferencia de uma atividade apostólica transitória. Sua organização, a presença em todo o mundo, pelo seu testemunho e eficiência, tendo sido aprovada e assumida pelo Papa (Pio XI) como Obra evangelizadora a serviço de toda a Igreja.

Qual a sua finalidade?
Tem como finalidade suscitar o espírito missionário universal nas crianças, desenvolvendo-lhes o protagonismo na solidariedade e na evangelização e, por meio delas, em todo o Povo de Deus: "Crianças ajudam e evangelizam crian­ças". São crianças em favor de outras crianças.
Tomando como exemplo a vida de Jesus e de seus discípu­los, a Infância Missionária tem em Maria, a mãe de Jesus, uma fiel testemunha da autêntica ação evangelizadora. Inspira-se tam­bém em São Francisco Xavier e Santa Teresinha do Menino Jesus, Padroeiros das Missões. Ambos viveram ardentemente o carisma missionário universal, doando suas vidas pelo anúncio do Evangelho.


2.      Organização da IAM;
1º MUNDIAL: A Infância e Adolescência Missionária é uma Obra Pontifícia, por isso o Papa é o primeiro animador. O Cardeal da Congregação para a Evangelização dos Povos, representa o Papa, e nomeia um Secretário Geral, em Roma, para ser o coordenador mundial da Infância Missionária.
      2º NACIONAL: Em cada país existe uma Coordenação Nacional, que é presidida pelo Diretor Nacional das Pontifícias Obras Missionárias.

      3º DIOCESANA: Em cada Diocese o Bispo é o principal animador. Ele convida uma pessoa para coordenar a Infância e Adolescência Missionária na Diocese.

      4º PAROQUIAL: Nas Paróquias o pároco é o coordenador e primeiro animador. Pode nomear um responsável paroquial da Infância e Adolescência Missionária. Esta organiza-se em grupos, que devem funcionar muito unidos entre si e com toda a ação evangelizadora, na paróquia, na diocese, no Brasil e em comunhão com todos os países.


3.      Metodologia da IAM;
As quatro áreas integradas Representam os quatro encontros realizados durante um mês (caso o mês tenha cinco sábados reinicia-se o ciclo de encontros), são integradas por tratarem de único tema, mas de formas diferentes. Realidade Missionária: É o 1º encontro ou área integrada; · o centro do encontro é o estudo do tema escolhido, “olhando” as diferentes realidades do mundo.
 Espiritualidade Missionária: O 2º encontro é destinado a buscar na Bíblia ver como Jesus agia diante de situações, como as estudadas no encontro anterior;  A palavra de Deus é o centro do encontro.
Compromisso Missionário: No 3º encontro depois de conhecer e sentir, a indicação é fazer algo de concreto. Neste encontro o grupo vai realizar o compromisso já combinado; · Pode ser um encontro na casa de uma família, uma visita à creche, a comunidade onde mora, em escolas...
Vida de Grupo: O último encontro é um momento celebrativo, por tudo que aprendemos e vivemos no mês, assim como de avaliação e preparação par o mês seguinte· Confraternizar a alegria de ser missionário· Pode- se fazer uma missa, uma celebração com outras turmas, com a família, no próprio grupo, não esquecendo de relembrar o tema.
4.      Capacitação de Coordenadores de Grupo de IAM;
Os Encontros de Líderes Missionários Infantis surgiram para responder ao enorme desafio de capacitar as crianças e adolescentes coordenadores de grupos da Infância e Adolescência Missionária e fazer deles verdadeiros multiplicadores.
5.      Espiritualidade Missionária;
6.      Perfil do/a Assessor/a da IAM;
7.      Psicopedagogia das Idades.

Fonte: Pontifícias Obras Missionárias

domingo, 15 de maio de 2016

PENTECOSTES DA MISERICÓRDIA



“...soprou sobre eles e disse: ‘Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados...” 
(Jo 20,22)


Só o amor misericordioso de Deus nos reconstrói por dentro, destrava nosso coração e nos move em direção a horizontes maiores de busca, responsabilidade e compromisso.
Pentecostes vem nos revelar que a Misericórdia é a primeira, a última, a única verdade da Igreja, de todas as suas doutrinas, cânones e ritos. É o critério de juízo de todas as religiões.

  Pentecostes da Misericórdia põe em movimento os grandes dinamismos de nossa vida; debaixo do modo paralisado e petrificado de viver, existe uma possibilidade de vida nova nunca ativada.
A misericórdia é a luz e a chave de nossa vida tão preciosa e frágil, de nosso pequeno planeta tão vulnerável, do universo imenso e interrelacionado e do qual fazemos parte.
Tal experiência provoca um movimento que rompe fronteiras e barreiras. Assim, o Espírito faz superar o fundamentalismo, a hipocrisia, a apatia e o medo. Não há nada de mágico. O Espírito age de modo silencioso, mas com extraordinária eficácia: a sua força se mostra irresistível. O seu sopro, penetrando em nossos corpos, nos recoloca de pé e nos faz, finalmente, viver como ressuscitados.
Deixar-se conduzir pelo Espírito, que habita o universo e os corações, é deixar-se levar pelo sopro divino.

No Evangelho de hoje, o Ressuscitado comunica seu próprio Espírito. A imagem de “soprar sobre eles” contém uma riqueza profunda: significa que Jesus compartilhou com os seus discípulos o que é mais “vital”, sua própria “respiração”, seu desejo profundo, sua criatividade..., fazendo-os partícipes de seu próprio Dinamismo e impulso vital, do mesmo Espírito que O conduziu durante toda sua vida.
O sopro do Ressuscitado sobre os seus discípulos nos remete ao sopro de Deus no Gênesis, sopro que dá a vida ao ser humano. Aqui, o sopro de Cristo significa a Vida nova dada aos discípulos, pelo dom do Espírito Santo, indicando um novo Tempo, uma nova Criação e um novo Mundo.
Entretanto, uma coisa é essencial para que nasça esse mundo novo: o perdão. “A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos” (Jo 20,23). Cabe a nós, portanto, fazer nascer esse mundo novo através de nossa presença misericordiosa, sendo mediação do perdão divino.
O perdão é fundamental para a recriação do mundo, e o Espírito nos dá a possibilidade de dá-lo ao outro e de recebê-lo do outro, a fim de que nasça esse mundo novo desejado pelo Cristo da Páscoa.

O perdão é o primeiro dom do Espírito Santo. Sob o impulso do Espírito de Pentecostes, o perdão prepara o terreno para o novo, para a surpresa, para colocar-nos em movimento.
O Espírito é movimento e entrar no movimento da Misericórdia humaniza e cristifica essencialmente a pessoa, porque a Misericórdia constitui “a estrutura fundamental do humano e do divino”.
 “O perdão das ofensas torna-se a expressão mais evidente do amor misericordioso e, para nós cristãos, é um imperativo de que não podemos prescindir. Tantas vezes, como parece difícil perdoar! E, no entanto, o perdão é o instrumento colocado nas nossas frágeis mãos para alcançar a serenidade do coração”. (Papa Francisco – Misericordiae Vultus, n.9)

Como seguidores (as) de Jesus, o rosto visível da Misericórdia, somos chamados a ser presença misericordiosa; é sobretudo através do perdão que ativamos a “faísca de misericórdia” presente em nosso interior. O Espírito Santo, o “Sopro” do Ressuscitado é quem ativa esta “faísca”, revelando que a originalidade do cristianismo está na grandeza e na vivência desta única força capaz de movimentar a história, pessoal e coletiva, impulsionando a todos a romper o círculo vicioso dos sentimentos negativos, escrupulosidades, culpabilidades, julgamentos...
O perdão é o mais divino dos atributos divinos, pois só Deus podia inventá-lo. Perdoar é ser semelhante a Deus, pois este modo divino de proceder está ao nosso alcance. O perdão é divino em seus efeitos e em seu próprio processo de vida que desencadeia.
Os recursos do verdadeiro perdão são infinitos; eles jamais acabam. O perdão é um estilo de vida, é uma disposição permanente. Na verdade, no nível mais profundo, o perdão não é o que a pessoa faz, é algo que a pessoa é. Por isso é a dimensão que mais nos distingue como seguidores (as) de Jesus.

Texto bíblico:  Jo 20,19-23
Padre Adroaldo, SJ