O COMPROMISSO E A ALEGRIA DE SER E SENTIR-SE ENVIADA...

“O Senhor escolheu outros setenta e dois discípulos e os enviou dois a dois, na sua frente, para toda cidade e lugar aonde ele próprio devia ir” (Lc 10, 1).

Ser missionária/o hoje exige de nós uma escuta atenta aos apelos de Deus, um olhar atento aos sinais dos tempos, ouvidos afinados aos novos gritos vindos do mundo urbano e rural, braços abertos para acolher, sobretudo aqueles/as que não encontram espaço na sociedade capitalista, coração disponível para aceitar o diferente, o novo. E quando se fala do diferente, do novo, pensa-se na capacidade de nos revestirmos de humildade e termos coragem de nos despojarmos para acolher a novidade trazida por Jesus, que nos chama a percorrer o mesmo caminho que ele percorreu.

Não só a Vida Religiosa Consagrada é chamada a ser protagonista da missão, mas sim, todos os batizados têm o compromisso com o anúncio do Evangelho. Percebe-se, então, uma grande oportunidade de crescimento na caminhada da Igreja, pois, todos nós batizadas/os somos missionárias/os, se levarmos a sério o compromisso batismal.

A missão nasce de uma profunda experiência de relação com a Trindade, que nos faz enxergar a realidade com o olhar divino. A oração nos coloca em uma atitude de conversão e nos torna pessoas livres, despojadas, dispostas a servir. Ela nos atrai para Deus e nos lança em direção ao outro estabelecendo um laço afetivo entre nós e toda a criação. Assim, nossa vida vai aos poucos sendo moldada por Deus, a tal ponto que a sua presença se torne cada vez mais visível em nós.

Eis o que diz Irmã Valéria em sua primeira experiência fora do Brasil:

“Estou gostando muito de estar aqui em Angola, Luanda - Àfrica. Nestes primeiros dias,  como diz Irmã Aurora, estou um pouco "disfusada". O fuso horário mexe um pouco com a gente, mas já estou acostumando.

            Ao andar pelos becos, fico admirada com a quantidade de pessoas adultas e crianças! Todas se parecem muito! Estou me sentindo em meio a uma grande família, como se todos fossem meus parentes. Elas são muito gratas. A todo momento dizem obrigada Irmã. Ao receberem um bom dia, bom tarde, sorriso, tocar a cabeça das crianças..., hoje, 28 de junho, 2012, pela manhã, participei da celebração na Comunidade Santa Bakita (Ao lado da nossa casa). As mamas com vozes lindas animaram a celebração. Foi muito bonita!”