Envio das Irs. Creuza, Cida e Julimar, para Tefé- AM

             Celebração de envio das Irmãs Sacramentinas de Nossa Senhora.

Ano jubilar: 1912 - Pe. Júlio Maria, “Sai da tua terra e vai”.

2012 – Família Julimariana: Crer, Ousar e Partir… 

            No dia 14 de julho, na Casa Madre Beatriz, juntamente com as demais comunidades de Belo Horizonte: Casa Central, Coração Eucarístico, Casa de Nossa Senhora e Casa de Formação. Aconteceu a celebração de envio das Irmãs: Creuza Elena, Julimar Leonardo e Maria Aparecida Fázio, para Alvarães - Prelazia de Tefé – AM. Na celebração Eucarística contamos com a presença de nossos Irmãos Sacramentinos de Nossa Senhora: Pe. Heleno Raimundo Silva (presidente da celebração) e Pe. Márcio Pacheco.

            Foi um momento de muita alegria, recheada de oração e reflexão. O texto do evangelho – a missão dos doze (cf. Mc 6, 7 - 13), deixou-nos seu recado: a missionária, o missionário, deverá confiar na providência de Deus e interagir com os irmãos de caminhada e a cada dia, basta o seu cuidado.

            Nossas Irmãs da “primeira hora” lá estavam nos apoiando e nos incentivando a partir, a sermos ousadas, a mudarmos de margem e irmos ao encontro dos que lá estão esquecidos. Muitas nos disseram: “vamos sustentar vocês com nossas orações”!   Obrigada Irmãs! Contamos com essa “bagagem espiritual”.

            Irmã Cacilda, nossa Superiora Geral, foi a animadora da celebração. Com sua ternura e alegria em sua motivação nos diz: “como Abraão, Pe. Júlio Maria e tantos outros ouviram de Deus o forte apelo para deixarem a sua terra, a casa de sua mãe, seus parentes e amigos  e partirem… Em seu coração, há insegurança do desconhecido. Mas há firmeza na fé.

            Em seus olhos, (Pe. Júlio), a presença do além mar despertava confiança na chegada: em seus pés, a firmeza de quem caminha e a esperança da acolhida; em suas mãos a oferta da própria vida e a certeza da promessa: coragem”!

            Estamos acreditando na promessa que também é dirigida a nós hoje: um povo de irmãos nos espera, para dividirem a vida e somar esperanças conosco! “Caminheiro, você sabe, não existe caminho! Passo a passo, pouco a pouco e o caminho se faz”!

            Estaremos lá de portas e corações abertos para acolher. Sinta-se que o convite também é dirigido a você! Venha fazer conosco esta experiência de ‘travessia’!

                                                                                      Texto: Ir. Creuza Elena da Silva 

Missão Sacramentina em Angola - África

                                                      África, terra de Missão.

Somos uma Congregação missionária, cujo carisma consiste em visibilizar, com o nosso jeito de ser e fazer as coisas, o amor à Eucaristia e Maria. Entendemos ser nossa missão, a formação humana e religiosa das pessoas: jovens, crianças, idosos, doentes ou não e com eles, fazermos comunhão na solidariedade e na partilha.

Cremos ser exatamente isto que nos motiva a darmos passos na direção do/a outro/a. É o que nos fez sair do Brasil e, como missionárias, pisarmos o chão de outro continente, o Continente Africano. E, ali, contribuir para que a pessoa de Jesus e seu Reino possam ter mais visibilidade.

Visitando nossa Comunidade Intercongregacional em Luanda-Angola, no período de 26 de junho a 10 de julho deste ano, foi possível perceber que a nossa missão tem acontecido naquele lugar, entre os pobres mais pobres, e isto nos deu grande alegria. Lá pude vivenciar sentimentos diversos.

Encantou-me a acolhida do povo à fé cristã e aos/as missionários/as que ali chegam para ajudá-los na sua experiência cotidiana. Alegrou-me a dedicação e doação das Irmãs Eva Maria, Helena das Graças, Aurora Côgo e Valéria, (que chegou para somar forças com a Comunidade) ao povo da periferia de Luanda. Indignou-me alguns contrastes gritantes na realidade social vivida por toda a gente. Fez-me muito bem a dedicação ao povo, das Congregações Religiosas ali presentes. O que dizer do canto, da dança e da oração das mamás e papás nas celebrações da Palavra e da Eucaristia? Rendo graças a Deus.

África é “útero” que gera. Quanta criança! Quanto jovem! Quantas pessoas que vão e que vem, numa luta constante para que a vida aconteça de forma nova. É uma terra que merece, daqueles e daquelas que vão como missionários/as, tirar as sandálias, pois é uma terra sagrada. Exige despojamento.

            Obrigada África, obrigada Angola, obrigada Luanda, obrigada povo do bairro Oscar Ribas, pela acolhida às nossas Imãs Sacramentinas de Nossa Senhora e Irmãs de Jesus na Eucaristia, em sua atuação missionária. Que a Eucaristia e Maria, através delas, tenham o seu lugar na vida das pessoas por meio de uma existência realmente saudável, alegre, digna, humana e verdadeiramente cristã.

                                                                                                     Texto: Irmã Cacilda Mendes Peixoto

Centenário da chegada do Pe. Júlio ao Brasil

1912 – Pe. Júlio Maria De Lombaerde, “Sai da tua terra e vai...”

2012 – Família Julimariana: Crer, ousar e partir... 

Com o OBJETIVO de: 

"Celebrar o Centenário de chegada do Padre Júlio Maria De Lombaerde ao Brasil, reavivando na Família Julimariana o espírito missionário-eucarístico-mariano do Fundador, assumindo com ousadia a missão, como discípulos e discípulas de Jesus Cristo", um grupo representativo da Família Julimariana estará presente em Manhumirim, Minas Gerais, nos dias 23 a 25 de julho de 2012, para um Encontro Histórico.

Padre Júlio Maria, nosso Fundador, foi o homem, o religioso, o sacerdote, o missionário das grandes e pequenas travessias em todas as dimensões. Conhecia e amava apaixonadamente Nossa Senhora. Ela o conduziu à Eucaristia e seu grande sonho era: Eucaristizar o mundo com o Coração de Maria. Ele dizia: “que os nossos olhos estejam fixos em Cristo, Caminho, Verdade e Vida; e em Maria a primeira vocacionada do Pai”. (cf. DM).

Ele foi um homem profundamente marcado pela oração. Isto fazia com que as suas atitudes fossem ousadas e seu espírito fosse profético. Quando se deparava com as dificuldades dizia: “saber caminhar na provação com a mesma confiança de quando se caminha sob o esplendor da estrela da fé é a lição prática para todos nós”. O exemplo missionário de nosso Fundador nos impulsiona a Crer, Ousar e Partir...

Equipe Julimarina

Irmãs Sacramentinas de Nossa Senhora.

O COMPROMISSO E A ALEGRIA DE SER E SENTIR-SE ENVIADA...

“O Senhor escolheu outros setenta e dois discípulos e os enviou dois a dois, na sua frente, para toda cidade e lugar aonde ele próprio devia ir” (Lc 10, 1).

Ser missionária/o hoje exige de nós uma escuta atenta aos apelos de Deus, um olhar atento aos sinais dos tempos, ouvidos afinados aos novos gritos vindos do mundo urbano e rural, braços abertos para acolher, sobretudo aqueles/as que não encontram espaço na sociedade capitalista, coração disponível para aceitar o diferente, o novo. E quando se fala do diferente, do novo, pensa-se na capacidade de nos revestirmos de humildade e termos coragem de nos despojarmos para acolher a novidade trazida por Jesus, que nos chama a percorrer o mesmo caminho que ele percorreu.

Não só a Vida Religiosa Consagrada é chamada a ser protagonista da missão, mas sim, todos os batizados têm o compromisso com o anúncio do Evangelho. Percebe-se, então, uma grande oportunidade de crescimento na caminhada da Igreja, pois, todos nós batizadas/os somos missionárias/os, se levarmos a sério o compromisso batismal.

A missão nasce de uma profunda experiência de relação com a Trindade, que nos faz enxergar a realidade com o olhar divino. A oração nos coloca em uma atitude de conversão e nos torna pessoas livres, despojadas, dispostas a servir. Ela nos atrai para Deus e nos lança em direção ao outro estabelecendo um laço afetivo entre nós e toda a criação. Assim, nossa vida vai aos poucos sendo moldada por Deus, a tal ponto que a sua presença se torne cada vez mais visível em nós.

Eis o que diz Irmã Valéria em sua primeira experiência fora do Brasil:

“Estou gostando muito de estar aqui em Angola, Luanda - Àfrica. Nestes primeiros dias,  como diz Irmã Aurora, estou um pouco "disfusada". O fuso horário mexe um pouco com a gente, mas já estou acostumando.

            Ao andar pelos becos, fico admirada com a quantidade de pessoas adultas e crianças! Todas se parecem muito! Estou me sentindo em meio a uma grande família, como se todos fossem meus parentes. Elas são muito gratas. A todo momento dizem obrigada Irmã. Ao receberem um bom dia, bom tarde, sorriso, tocar a cabeça das crianças..., hoje, 28 de junho, 2012, pela manhã, participei da celebração na Comunidade Santa Bakita (Ao lado da nossa casa). As mamas com vozes lindas animaram a celebração. Foi muito bonita!”