Sejam Bem Vidos!!!

A vida é presente de Deus! Cuidar bem dela é nosso dever. Dar sentido à vida é uma opção que cada pessoa faz. Este blogger apresenta para você oportunidades de conhecer nossa missão.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

VOCAÇÃO – CHAMADO DE DEUS.





“Como Jesus, consagrado e enviado pelo Pai, Deus reserva e consagra pessoas, para reenviá-las ao mundo com a missão iniciada no batismo: ser sinal e instrumento de sua presença entre as pessoas” (Const. 08).

            Hoje, 30 de novembro, a Igreja celebra a festa de Santo André, Apóstolo. Em Mateus 4, 18 – 20 encontramos o diálogo de Jesus com André e seu irmão, Pedro. “Quando Jesus andava à beira do mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André. Estavam lançando a rede ao mar, pois eram pescadores. Jesus disse a eles: ‘Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens’. Eles imediatamente deixaram as redes e o seguiram”.
            Na realidade em que vivemos, há necessidade de pessoas corajosas, que testemunhem o Cristo Ressuscitado presente no meio de nós.
             Há carência de bons líderes com capacidade de ajudar a ampliar os horizontes na busca de concretizar o projeto de Deus: uma sociedade mais justa, igualitária, construtora da paz, solidária...
            Esta missão é minha, é sua, é nossa. Somos convocadas/os a despertar as pessoas para acreditarem em seus sonhos, renovar suas esperanças, dinamizar seu potencial criativo, na busca do Projeto de Deus para sua vida.
Acreditamos que uma outra sociedade é possível! Nisto consiste a nossa vocação: ser feliz para ajudar a/o outra/o a dar sentido à sua vida. Para isto Deus nos criou!

E VOCÊ?...
Quer dizer SIM e continuar a Missão de Jesus?
Ser SACRAMENTINA é uma proposta!...

Irmã Maria Aparecida Rosa - sdn

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

QUEM FOI MADRE BEATRIZ?



            
            Madre Beatriz nasceu em Paracambi - RJ, aos 27 de novembro de 1896. Filha de Carlos Augusto Frambach, de origem alemã. Sua mãe Marcelina Fanei, de origem italiana.
            Aos 24 anos de idade, a jovem Adélia entrou para a Congregação das Irmãs Servas de Maria do Brasil, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Lá recebeu o nome de Maria Beatriz e pertenceu a esta Congregação durante oito anos.
            Escolhida por Deus, depois de uma válida experiência de vida religiosa, em outra congregação, aquela que, ao lado do Padre Júlio Maria de Lombaerd, devia ser a coluna mestra da Congregação que se fundava, em Manhumirim, MG.
            Confiante em Deus e na grandeza da obra que se iniciava, no dia 24 de dezembro de 1929, ela trocou o hábito preto das Servas de Maria pelo cinzento da Congregação que principiava.
            Em 1930, com a autorização do Bispo de Caratinga, Dom Carloto, foi nomeada Superiora Geral, cargo que exerceu até início de 1968.
            Madre Beatriz teve sempre os olhos e o coração voltados para os pobres, acolhendo e promovendo nos colégios, os menos favorecidos. No seu ideal de fraternidade, propunha à Congregação o lema: um só coração e uma só alma.
            Madre Beatriz era uma pessoa de diálogo e sabia “perder tempo” com os outros. Tinha sempre uma palavra de ânimo para quem a procurava. Era reconhecida como grande conselheira. Confiava no outro dando-lhe o direito de trilhar o seu próprio caminho, sem impor nenhum ritmo.
            Ela tinha um cuidado com a natureza. Meditava, observava o germinar das plantas, conversava com os antúrios, com as violetas e amor-perfeito, num silêncio contemplativo. Ensinava as crianças do Orfanato a terem cuidado com tudo, a não matar um passarinho sequer! Nada de arapucas.
            Mulher que viveu numa fidelidade constante a Deus. Assumiu cada dia sua vocação na humildade, paciência e entrega à vontade de Deus, na tranqüilidade e confiança. Sua confiança inabalável em Deus, sua entrega humilde, permitindo-se ser modelada por Ele, a capacitou para ser a Co-Fundadora, que comunicava às Irmãs Sacramentinas de Nossa Senhora, grande entusiasmo pela Vida Religiosa Consagrada.
            A presença de Deus na vida e na história de Madre Beatriz, a tornava uma pessoa de espírito jovem e de fé vital.           Sua vida foi sempre uma busca! Um caminhar muitas vezes na escuridão do sofrimento, mas sempre acolheu como resposta de fé, de fortaleza, de confiança no Deus sempre fiel.
            Madre Beatriz forte e corajosa buscava na fé toda sua resistência para vencer as circunstâncias mais difíceis e complicadas. Acreditava no Amor-Providência e transmitia às Irmãs uma firme esperança e muita alegria. 
            Em 1974, Madre Beatriz sofreu um espasmo cerebral. A doença martirizou-a durante cinco anos. Faleceu em Manhumirim, no dia 03 de julho de 1979.

Irmãs Sacramentinas de N.Sra. 
           

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Manhurimim, 16 de novembro de 2012



          Nota Missionária de um Leigo Sacramentino
            Manhurimim, 16 de novembro de 2012

É difícil falar e escrever sobre o dia de hoje. De certa forma, abro mão de ser professor para, simplesmente, me utilizar das palavras com liberdade e pouco esmero em suas vastas possibilidades. Irei apenas escrevendo o que meu coração me inspira e minha memória ajuda.
Na verdade esta história começou muito antes, em meus tempos de criança e pré-adolescência vividos no CNSG de Patos de Minas, onde as irmãs sacramentinas me falavam de um homem com muito amor, coragem e devoção incomuns... Lá descobri Padre Júlio Maria de Lombaerde... uma névoa que um garoto de doze anos pouco podia compreender, mas entoava, animado, o canto que nos era ensinado... “Padre Júlio Maria Lombaerde, é chegado o momento de glória, o teu nome, para sempre, há de ser relembrado na história”...
Ouvia também falar de um lugar mágico e místico: Manhumirim!
Era 1989 e meu coração desejou conhecer as terras em que este desbravador pisou, mas o tempo ainda não era propicio. Anos se passaram... O garoto cresceu e pôde descobrir ainda mais sobre esse profeta do Amor - Sacrifício.
A vida me presenteou com algo surpreendente: o de ser alguém que deveria louvá-lo e fazê-lo reviver diante de toda uma geração de novos alunos e alunas sacramentinos, no Colégio Nossa Senhora das Graças.
E uma palavra que ouvia da boca de tantos ainda me era estranha e distante: MANHUMIRIM. Essa palavra significa rio pequeno, e justamente lá, no rio pequeno, ouvi dizer que um homem fizera grandes coisas. Fiz-me discípulo do Padre Júlio Maria, através dos escritos daqueles que com ele conviveram, com as constantes referências feitas pelas irmãs sacramentinas e pelo Jornal O Lutador. Muitos partiam para lá, voltavam e me traziam histórias, mas ainda não era chegada minha hora de te conhecer, Manhumirim...
Era necessário que uma expectativa tão grande acontecesse em um momento ímpar da história desse missionário sem igual.
E eis que o centenário de sua chegada ao Brasil comemora-se em 2012. E neste ano da Graça do Senhor me é concedida então uma oportunidade, mas não uma qualquer... Junto de meus irmãos e irmãs - os Missionários Leigos Sacramentinos - nos reunimos na Casa Mãe das Irmãs Sacramentinas. Acolhidos por suas filhas com sorrisos e abraços.

Caminhamos por onde Padre Júlio e Madre Beatriz pisaram, onde lágrimas foram derramadas e novos horizontes sonhados, sem fronteiras... Onde animadas noviças se entregavam à causa dos mais pobres e buscavam ser instrumentos a serviço de Deus e da Igreja. Jovens moços de toda região vinham em busca de sua vocação e eram apanhados nas palavras firmes e cheias de zelo do sacramentino do Amor - Sacrifício.

Onde duelou com a sociedade de seu tempo, combateu os apóstatas e cuidou dos mais frágeis. Diante da ignorância do povo, fez escolas. Diante da solidão dos pequeninos do Reino, fez um patronato. Ao ver idosos abandonados, fez um asilo. Saúde era privilegio dos mais abastados e não teve dúvidas: fez um hospital para atender os pobres. Mas isso não era suficiente, era preciso esclarecer o povo a respeito da verdade do evangelho, afugentar e exortar acerca dos falsos profetas e do pecado. Era apóstolo de Maria e um defensor incansável da Eucaristia. Escreveu e escreveu, em francês, em português, pregou a todos, não se intimidou com ninguém. Fundou um Jornal e uma gráfica que traduziram sua vida: O Lutador.

Esse é o homem que hoje, realmente, conheci e aprendi ainda mais a amar e a respeitar. Ver seus traços em cada obra, em cada espaço dedicado à Virgem e em sua profunda fé eucarística nos apontam para a riqueza desta cidade: Manhumirim... Diz o autor sagrado: “e tu Belém, não és de forma alguma a menor das cidades de Judá, porque de ti sairá o chefe que governará Israel, meu povo” Mt 2, 6. Guardadas, claro, as devidas proporções, imagino que Deus tinha uma surpresa para essa pequena cidade do leste Mineiro: não ficarás devendo nada a tantas cidades que ofertaram santos ao mundo, como Pádua ou Assis. Desse solo inclinado e que aponta para o alto, lhes concederei um filho sem igual, esse será um justo e confessará meu nome por onde for.

E assim foi... Esse homem que nasceu do outro lado do Atlântico e ouvira, desde menino, o chamado de Deus em sua vida, e possivelmente não imaginaria que sua vida estivesse destinada às matas e florestas do norte do Brasil, ao intenso calor do nordeste e às montanhas das gerais. Ele se entregou onde lhe era apontado; obedecia sem questionar; fez muito com pouco. Um gigante de passos firmes, voz poderosa e aguçada percepção. Estava à frente de seu tempo, mas não abria mão do essencial: a fé e a coragem de fazer o Projeto de Deus acontecer onde quer que estivesse.

Hoje meu coração se alegra e também se inquieta ao pensar...
Qual legado deixarei? Não fundei congregações e tão pouco fiz grandes obras.

Mas tem algo que sei que posso fazer: carregar e multiplicar a visão sacramentina, ser verdadeiramente um apóstolo de Jesus e de Maria. Não duvidar de que o Amor – Sacrifício é a forma mais sublime de se viver e fazer o Evangelho acontecer. E onde pisar um filho ou filha espiritual do Pe. Júlio Maria, saberemos que seu sonho vai se consolidando e se espalhando por todo o mundo.

Obrigado, Padre Júlio, por ter me escolhido como seu vocacionado e que eu seja digno de honrar sua vida e missão como missionário leigo sacramentino!!!

Braz Paulo, 23h42min, neste ano de Graças.



quarta-feira, 21 de novembro de 2012

MISSÃO



“...Vamos para a outra margem!”

“Padre Júlio Maria, em seu ardor missionário, nos convoca a “uma luta firme e persistente pelos interesses eucarísticos” e Madre Beatriz insiste na construção da unidade. Nossa vocação sacramentina, especificamente missionária, nos impulsiona a uma ação libertadora e transformadora da sociedade e nos impele a descobrir novas formas de serviço aos irmãos”. (Const. 54).

A Missão acontece todos os dias em pequenos e grandes gestos. Vejamos!
Quando, no silêncio do coração, elevamos uma prece em favor daquelas/es que se encontram nas fronteiras do mundo, anunciando a Boa Nova de Jesus Cristo, sendo sinal profético de vida, justiça e esperança para tantas vidas ameaçadas, somos missionárias/os.
Quando nos dispomos a uma vida de oração, comunhão, participação e solidariedade, sustentamos a Missão. Afirmamos: Estamos em Missão! “O amor é Missão”!

O Ardor Missionário nos faz sair de nós mesmas/os, da nossa casa, do nosso lugar já conhecido e nos faz trilhar outros caminhos, outras margens...
Nossa Congregação experimenta através da Comunidade em Alvarães, Prelazia de Tefé, AM, uma experiência nova: entrar no barco e entre os ruídos dos bichos, o chuá das águas, o canto dos pássaros..., atravessar para a outra margem e, no encontro alegre com as Comunidades Ribeirinhas, poder testemunhar: o Reino de Deus se faz presente! A solidariedade, a partilha, a luta pela vida confirmam: Ele está no meio de nós! 
Irmãs: Solange Pereira Barros – sdn
Maria Aparecida Rosa - sdn