Sejam Bem Vidos!!!

A vida é presente de Deus! Cuidar bem dela é nosso dever. Dar sentido à vida é uma opção que cada pessoa faz. Este blogger apresenta para você oportunidades de conhecer nossa missão.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

SERVIÇO DE ANIMAÇÃO VOCACIONAL

                                                    

I CONGRESSO VOCACIONAL
Promovido pela Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição
Realizado nos dias 06 a 09 de junho de 2013, em São Paulo. Foi aberto para outras Congregações, Leigas/os e Dioceses.

TEMA: VOCÊ TEM POTENCIAL! PROMOVA A VIDA!
LEMA: O Espírito do Senhor está sobre mim. Lc 4,18
O objetivo do Congresso: Proporcionar uma reflexão sobre o fortalecimento da cultura vocacional, em vista da missão da Igreja.
Realidade Vocacional: desafios e perspectiva – Padre Agenor Brighenti
O assessor desenvolveu este tema, de forma segura, nos ajudando a refletir sobre a crise como oportunidade de crescimento. Seguem alguns pontos mencionados por ele em sua reflexão: O melhor ponto de partida é partir do lugar onde estamos. Assumir a realidade é o melhor ponto de partida para a missão. Por mais dura que seja a realidade, ela não tem a última palavra. Nós somos chamadas/os a abraçar a realidade para transfigurá-la. Ela tem um grande poder de nos questionar, incomodar; ela nos desinstala...
Hoje se fala da crise de vocações, da Igreja, das religiões... A crise anuncia novas possibilidades e não o fim. Ela significa um momento de travessia e pode ser um momento pascal. A crise é bênção e não desgraça. Não podemos negá-la; ela é uma oportunidade que nos convida a um novo nascimento. Deus é novo em cada manhã.
“Religião sem religião”- Pessoas que não se encontram em nenhuma religião.  Vivem sua fé à margem da igreja, da sociedade, das instituições. As pessoas quando não gostam, saem silenciosamente. Quantas não encontram espaços na Igreja para viverem sua fé? Será que não estamos falhando na acolhida? Acolher não é concordar com a vida errada das pessoas, mas sim, enriquecermos com a diferença.
Outro valor interessante é a gratuidade. As coisas mais importantes na vida são aquelas que “não servem para nada”. Ex.: tomar um café com alguém, numa conversa informal; no ponto de ônibus, nas filas...
Três posturas em relação ao que vivemos hoje:
1ª - visão retrospectiva da realidade:  volta ao passado por nos garantir seguranças;
2ª - visão catastrófica:  hoje o passado não responde mais e tudo está perdido. O que importa é viver o momento presente;
3ª - visão prospectiva da realidade: buscar o novo de forma criativa.
O primeiro dia do Congresso foi marcado por estas e várias outras reflexões e provocações do assessor.

Na força do Espírito, promover a vida e a cultura vocacional, numa perspectiva missionária
 Irmã Annette Havenne - ISM
Para onde vamos? O que queremos a partir do que somos? Qual o sentido das nossas ações?
A palavra crise é formada por duas outras: potencial e fraqueza. Você tem potencial! Promova a vida! Se não for para promover a vida, meu potencial não serve para nada.
Deus se vocaciona,  pelos gritos do povo oprimido. O desejo fundante da vocação de Jesus, é fazer a vontade do Pai. Isto exige muito sacrifício. Será que nossa geração não está perdendo, pouco a pouco, este espírito de sacrifício?
Vocação = É deixar Deus desejar no meu desejo. A vocação nos leva a fazer escolhas e rupturas. Em nossas escolhas costumamos optar pelo que é mais fácil ou que é certo?...
As tentações de Jesus
1ª - Necessidade física - O diabo oferece pedra para ser transformada em pão. Jesus prefere pautar sua vida nos valores do Reino.
2ª - Poder - o desejo de poder não pode ser a sombra da vocação. Mas sim, o Serviço.
3ª - Fama - nossa vocação tem nos levado a dar ouvido aos pobres ou a fama?
Jesus saiu do deserto com a sua vocação centralizada no que o Pai queria. A experiência de deserto fez com que Ele se fortificasse em sua opção de vida. Já aos 12 anos, Ele havia dito para seus pais: “Devo fazer a vontade de meu Pai”.
No batismo => Jesus decide sair do ter para o ser - “Repleto do Espírito Santo, Jesus voltou do Rio Jordão, e era conduzido pelo Espírito através do deserto” Lc 4,1
No deserto => provação de sua identidade - “Aí ele foi tentado pelo diabo durante quarenta dias” Lc 4, 2a.
Na sinagoga => lugar da decisão - “O Espírito do senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção, para anunciar a Boa Notícia aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos presos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos e para proclamar um ano de graça do Senhor” Lc 4, 18-19.
O ponto culminante de sua vida => nasci para isto - “hoje se cumpriu esta passagem da Escritura, que vocês acabam de ouvir” Lc 4,21b.
Como transmitir isto aos outros? Precisamos ter nas veias os valores evangélicos, transcendendo, transfigurando e gerando estilo de vida, sendo testemunho. Devemos nos perguntar: com o nosso jeito de ser, animamos as vocações ou desanimamos?
De que modo Jesus forma seus discípulos, a ponto de estas pessoas deixarem tudo para segui-Lo?! Em primeiro lugar, Ele convida a uma ruptura. A ruptura nos coloca frente a frente com as nossas fragilidades e potenciais. Isto não é só coisa da Vida Religiosa, mas, condição para o amadurecimento da pessoa. Jesus os convida a uma transcendência “venham comigo e farei de vocês pescadores de pessoas”. A formação vai acontecendo no caminho.
Os discípulos observam como Jesus promove a vida. Eles estão se preparando para fazer o mesmo, cuidar das pessoas desamparadas e gerar uma correnteza de pessoas fazendo o bem. Há gente que faz isso, de vez em quando. As/os seguidores de Jesus, deverão viver ajudando outras pessoas a ajudarem.
A vivência dos Conselhos Evangélicos hoje:
Pobreza - vivemos este voto em um contexto, onde o dinheiro passa na frente das pessoas;
Obediência - em um mundo barulhento, desenvolvemos a escuta de Deus, para com fidelidade colocar todo nosso potencial a serviço da vida;
Castidade - em um mundo machucado, com tendências fortes ao capitalismo, ao egocentrismo..., nós estamos aqui para amar gratuitamente.
Cultura vocacional = formação permanente, cultivo contínuo para a vida toda. A Vida Religiosa Consagrada, é uma dinâmica e não um estado de vida. Frente aos desafios é preciso reencantar várias vezes. Isto se torna significativo, pois nos dá condição de descer no mais profundo de nós mesmas/os. Quantas vezes aparece dentro de nós, a vontade de dar as costas para a missão, como aconteceu com aquele casal que ia para Emaús!...
  Às vezes queremos sucesso e o que Deus nos pediu é que déssemos frutos e pode até acontecer, que minha congregação não colha os frutos. Mas, ela poderá proporcionar às pessoas, frutificarem em outros lugares, fazendo a diferença na Igreja.
Precisamos aprende a fazer a leitura dos sinais da vida. Este é o caminho que se deve fazer para sair da crise. Interpretar os sinais à luz da fé. Cultura vocacional é saber ler os sinais da vida e reescolher aquilo que já havíamos escolhido.
Mudança de mentalidade, isto é, pensar e agir de forma positiva e não ter medo de fazer perguntas. Sinto que vale a pena investir neste estilo de vida? Quero para mim? É importante para a Igreja e para o mundo? O modo de pensar influencia os sentimentos.
Missão - Cada vez que a Vida Religiosa Consagrada se aproxima dos pobres, ela se revitaliza e ainda nos questiona: Qual é nossa missão hoje com projeção no amanhã? A missão forma a comunidade e a mística e nos interpela a mudar nosso jeito de conviver. Não podemos encher as pessoas com as nossas falas, mas proporcionar a elas, experiências profundas de Deus.
O segundo dia foi enriquecido por estas reflexões, como também provocações da Irmã Annette. Esta é uma síntese que fiz de sua palestra.
Finalizando o dia, ela orientou um momento de leitura orante com o texto de Lc 13,21. “O Reino do céu é como o fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado”. Com que podemos comparar o Serviço de Animação Vocacional?
Nos outros dois dias seguintes tivemos trabalho em oficinas: Marketing; Juventude e Novas Gerações; Mística e Itinerário Vocacional.
Apresentação dos trabalhos e ressonâncias; partilha de experiências no SAV/PV; elaboração de prioridades; apresentação do Vídeo Vocacional da CIIC e por fim, a Celebração Eucarística de encerramento.

Irmã Maria Aparecida Rosa - sdn




quarta-feira, 5 de junho de 2013

COLOCAR-SE A ESCUTA DE DEUS.

De blusa rosa - Beatriz a de saia - Madalena

Tivemos a alegria de receber em nossa Casa de Formação, duas jovens: Beatriz de Caratinga, MG e Madalena, de Peçanha, MG. Vieram para conhecer de perto nosso jeito de ser Sacramentina de Nossa Senhora no cotidiano.
Um final de semana diferente para cada uma, onde puderam: saber um pouco mais sobre nossos compromissos missionários, nossos Fundadores, nosso Carisma e Espiritualidade; conhecer o bairro onde moramos e nossa proposta de formação para a Vida Religiosa Consagrada. E mais, refletir sobre a motivação que leva uma jovem deixar família, amigos, trabalho..., para entrar em uma Congregação Religiosa. Ainda, o Seguimento de Jesus, em vista de uma entrega total a missão. A motivação, a paixão, a razão do deixar tudo não pode ser outra, a não ser a pessoa de Jesus de Nazaré. É Ele quem chama: Vinde e Vede!
Este encontro foi marcado por reflexões, convivência, visita a uma das nossas comunidades, participação na Celebração Eucarística em nossa Paróquia e um momento bonito e profundo de oração, com o texto de Jr 18, 1-6. Palavra que Javé dirigiu a Jeremias: “Levante-se e desça até a casa do oleiro; aí eu comunicarei minha palavra a você” (Jr 18, 2). Como Jeremias, elas também se colocaram a caminho...
Para muitas/os de nós a casa do oleiro ou olaria é um lugar de uma mística encantadora! No meio de tantos tipos de barro somente alguns são escolhidos para fazer vasos. O oleiro, pacientemente, separa a argila que será utilizada, mistura com a água e deixa um tempo para o curtimento do barro.

Depois que o barro estiver pronto, o oleiro o coloca em seu torno e começa a modelagem. Cada peça é feita de forma única. O oleiro se concentra exclusivamente em sua obra de arte, moldando-a com seu toque de ternura. Aos poucos ele vai projetando naquela arte a imagem que está dentro de si mesmo. Assim acontece com o ser humano! Deus se debruça carinhosamente sobre cada uma e cada um de nós, numa atitude de entrega profunda, nos contempla e nos enche com seu Sopro Criador!
Deus utilizou desta imagem para se revelar a Jeremias. Em nossos dias atuais, podemos nos perguntar: onde Deus nos espera para esta revelação? Em uma colheita de café? Em um laboratório de pesquisas? Em uma praça? Na Igreja? Na minha família? Quem sabe Ele nos espera dentro de nós mesmas/os?!
Pode ser que em um desses lugares ou outros, seja nossa experiência de “curtimento” até que nós nos tornemos maleáveis e flexíveis, a ponto de deixar-nos moldar pelo nosso Criador. “Como barro nas mãos do oleiro, assim estão vocês em minhas mãos” (Jr 18, 6b). O importante é estar atenta/o para entender os sinais, que Deus está utilizando para se comunicar conosco. “Deus não parou de nos criar”!

Irmã Maria Aparecida Rosa - sdn