Sejam Bem Vidos!!!

A vida é presente de Deus! Cuidar bem dela é nosso dever. Dar sentido à vida é uma opção que cada pessoa faz. Este blogger apresenta para você oportunidades de conhecer nossa missão.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

DEUS NOS CHAMOU À VIDA E NOS DEU UMA VOCAÇÃO!




No dia 17 de agosto de 2014, as Irmãs Teresinha Carvalho, Maria Aparecida (Cidinha) e Ágna (Postulante), estiveram presentes em uma tarde de encontro, junto às Comunidades: dos Barbosas, Sapé e Capituvas, todas da Paróquia do Divino Espírito Santo, em Coqueiral, MG.  Estavam também conosco, um grupo de Adolescentes e Jovens da Infância Missionária, da Cidade de Boa Esperança, MG.


O encontro em si, já é uma alegria! E este, ofereceu-nos uma oportunidade a mais, de refletirmos sobre a vocação que Deus nos deu. Esta palavra, VOCAÇÃO parece assustar os jovens, pois, a maioria entende que vocação é para o casamento, ser Irmã ou Padre. Tudo bem. Essa maneira de pensar está correta. Mas, vocação é muito mais do que isto! É o chamado de Deus primeiramente à vida, depois, quando nos depararmos com o tempo certo de fazer nossas escolhas, momento exigente e importante da nossa vida, Deus nos confirma na vocação específica já recebida no batismo. Através das vocações Deus realiza em nós e por nós, sua promessa “Eu estarei com você”, por isso, nem todas/os são chamadas/os a viverem a mesma vocação e nem receberam de Deus os mesmos dons, talentos e habilidades. Vocação é Dom de Deus, em vista de uma Missão.

VOCAÇÃO RELIGIOSA - As/os Religiosas/os são mulheres e homens que ouviram um dia o chamado de Deus  para colocarem suas vidas a serviço, em total entrega a Deus e às pessoas. Esse dom recebido do Espírito Santo, torna a pessoa  apta a  realizar determinada missão, numa atitude de escuta contínua a Deus, a fim de fazer à sua vontade. Ex.: São as Irmãs de caridade ou Freiras, isto é, o mesmo que Religiosas na linguagem atual. Irmãos e Padres pertencentes a uma Congregação ou Ordem Religiosa.



VOCAÇÃO SACERDOTAL - A vocação para o Ministério Ordenado é o chamado de Deus para santificar, coordenar, animar e formar o povo de Deus. O Padre, Bispo e Diácono é alguém que Deus chama do meio do povo e de novo o envia para trabalhar no meio do povo. Ele é o animador espiritual da comunidade. Ele pode ser Religioso ou Diocesano.

OS CRISTÃOS LEIGOS - São aquelas e aqueles que fazem do seu trabalho e da sua vida, uma celebração contínua. Prolongam a Missa Dominical em todos os dias da semana. Trabalham com prazer e alegria. Esforçam-se para viverem o Evangelho de Jesus. São pessoas casadas ou solteiras.
Somos cristãos e batizados. Um dia, nossos pais e padrinhos nos levaram à Igreja, onde recebemos o batismo e nos tornamos filhas e filhos de Deus. Desde aquele dia pertencemos à Igreja e recebemos a missão de nos tornarmos membros vivos, atuantes em nossas comunidades.

Ser leiga ou leigo na Igreja significa, assumir o Batismo e não ser simplesmente mais um na comunidade cristã. Mas, com a sua participação e comprometida/o com a sua fé, torna-se Luz que ilumina todas as situações obscuras que se apresentam no caminho da vida. Ex.: ser catequista, ministra/o, coordenadora/or, cantora/or...

Leigas Consagradas: São mulheres casadas ou solteiras que fazem uma consagração especial a Deus, vivem em família ou sozinhas. São diferentes das religiosas que fazem sua consagração por meio dos Conselhos Evangélicos (castidade, pobreza e obediência) e vivem em Comunidade, numa disponibilidade permanente para a missão.


Neste encontro, através de reflexões e encenações, partilhadas com as comunidades, trabalhamos os textos bíblicos que contam para nós a vocação de Abrão, Moisés e Jeremias. Seguem os Capítulos e Versículos que destacamos.  

“Antes de formar você no ventre de sua mãe, eu o conheci; antes que você fosse dado à luz, eu o consagrei, para fazer de você profeta das nações”. Mas eu respondi: “Ah, Senhor Javé, eu não sei falar, porque sou jovem”. [...] Então Javé estendeu a mão, tocou em minha boca e me disse: “Veja: estou colocando minhas palavras em sua boca...” (Jr 1, 5 - 7a; 9).

Moisés estava pastoreando o rebanho do seu sogro Jetro, sacerdote de Mediã. Levou as ovelhas além do deserto e chegou ao Horeb, à montanha de Deus. O anjo de Javé apareceu a Moisés numa chama de fogo do meio de uma sarça. Moisés prestou atenção: a sarça ardia no fogo, mas não se consumia [...] Javé viu Moisés que se aproximava para olhar. E do meio da sarça Deus o chamou: “Moisés, Moisés!” Ele respondeu: “Aqui estou” [...] Javé disse: “Eu envio você ao faraó, para tirar do Egito o meu povo, os filhos de Israel”. Então Moisés disse a Deus: “Quem sou eu para ir até o Faraó e tirar os filhos de Israel lá do Egito?” (Ex 3, 1 - 2. 4. 10b - 11). Moisés insistiu com Javé: “Meu Senhor, eu não tenho facilidade para falar [...] Javé replicou: “Quem dá boca para o homem? Quem o torna mudo ou surdo, capaz de ver ou cego? Não sou eu, Javé? Agora vá, e eu estarei em sua boca e lhe ensinarei o que você há de falar” (Ex 4, 10a; 11 - 12).

A primeira grande história de vocação na Bíblia e a vocação de Abraão. Abrão é chamado o pai da fé. Ele é chamado, acredita, deixa o seu povo e parte para o desconhecido. Sai da tua terra, do meio de teus parentes, da casa de
teu pai, e vai para a terra que eu lhe mostrarei. Eu farei de você um grande povo, e o abençoarei; tornarei famoso o seu nome, de modo que se torne uma benção [...] Em você, todas as famílias da terra serão abençoadas". Abrão partiu conforme lhe dissera Javé. Abrão tinha setenta e cinco anos quando saiu de Harã. Abrão levou consigo sua mulher Sarai, e seu sobrinho Ló. (Gn.12,1 - 2; 3b - 4).


Você já deu tempo ao seu coração, para compreender qual é o chamado que Deus está desejando lhe fazer?
O grande segredo para saber para qual vocação Deus nos chama é simples – ESCUTAR O CORAÇÃO. E, não ter medo de arriscar-se em Deus.
Irmã Maria Aparecida Rosa, sdn



terça-feira, 19 de agosto de 2014

VRC - Alegria em Servir!


No dia 15/08/2014, na Casa das Irmãs Sacramentinas de Nossa Senhora em Belo Horizonte, aconteceu a Assembleia dos Núcleos da CRB Minas. O dia foi marcado pela alegria de encontros e reencontros!
Irmã Solange Damião, crsd, nos assessorou na parte da manhã, com uma belíssima reflexão a partir do Documento do Papa Francisco, A Alegria do Evangelho.
Destaco algumas das suas reflexões, a partir das minhas anotações:
Como Vida Religiosa Consagrada, precisamos aprender a pedagogia de Jesus. Ele, em seus ensinamentos falava às multidões, mas não se prendia a elas quando precisava realizar algo. Ele partia do indivíduo. Ex.: na multiplicação dos pães, conta com os cinco pães e dois peixes que está na mochila de um jovem; na ressurreição ele confia à Maria a missão de anunciar que Ele ressuscitou... Estas atitudes dele muito nos animam! Às vezes costumamos avaliar nossos trabalhos pelo número de participantes. Nem sempre este é o melhor critério para nos dar um feedback, mas sim, a qualidade de participação e comprometimento. Jesus nos ensina que uma medida de fermento é capaz de fermentar três porções de farinha. A resposta que a VRC precisa dar a este mundo é a PROFECIA, acompanhada deste tripé: Alegria, Esperança e Compromisso-testemunho.


De onde vem a nossa alegria? Que fonte reabastece nosso encantamento pela vida e, sobretudo, a Vida Religiosa? Como está a força criativa que nos faz gastar nossa vida a serviço do Reino de Deus?
Quando há em nós um apaixonamento sincero, nós nos transcendemos, pois, Deus sempre nos leva além de nós mesmas/os! Sua manifestação em nós é constante! A alegria da nossa vocação deve estar estampada em nosso rosto. Uma pessoa alegre e feliz irradia a presença divina e cativa outra pessoa, ao testemunhar que Deus nos criou para sermos livres e felizes!

ASSEMBLEIA TEMÁTICA DA CRB MINAS
VRC - ALEGRIA EM SERVIR!


Esta aconteceu no dia 16/08/2014, no Colégio Padre Eustáquio, em Belo Horizonte.
Na parte da manhã tivemos a assessoria do Padre Itacir, msf e, a parte da tarde, uma palavra da Irmã Elsie, em nome da CRB Nacional. Informamos também sobre o Projeto Intercongregacional em Felisburgo e Bertópilis; Apresentação Contábil e o Projeto de Formação, recentemente elaborado, contemplando as etapas do Aspirantado, Postulantado e Noviciado.
Às 16h00, uma belíssima confraternização celebrando os 60 Anos da CRB Nacional, a Serviço do Reino! Em seguida a Celebração da Eucaristia presidida por Dom Walmor, arcebispo de Belo Horizonte.
Trago aqui, algumas frases da reflexão do Pe. Itacir: Como podemos experimentar e expressar a alegria de viver e servir?

O desenvolvimento da nossa espiritualidade se dá no encontro com o outro. Viver com alegria e esperança são elementos do seguimento de Jesus. Precisamos intensificar a presença missionária e atuação profética nas fronteiras e periferias.
Frente à encruzilhada avançamos, recuamos ou desviamos? Nesta travessia que a VRC está caminhando é necessária uma reorganização e não uma realização individual. O envelhecimento da VRC não é simplesmente a idade, mas sim, a perda do sonho que nos fez consagradas/os! Não podemos perder a confiança na força evangélica da VRC! O que nos é pedido não é o sucesso, mas o compromisso da fidelidade.


Nosso seguimento é especial por causa da profecia e não pela superioridade. Nem a diminuição, nem o envelhecimento podem renegociar ou tirar de nós a profecia! Somos convidadas/os ao seguimento de Jesus como Ele viveu, sempre, e não por alguns momentos. No servir está a beleza da transcendência do ser humano! Jesus eleva cada pessoa à sua condição de ser humano. Ele não se prende na superioridade adquirida pelos títulos. O lugar da VRC é no meio do povo, por isso ela está no coração da Igreja.

Junto a estas e outras provocações do Pe. Itacir, acrescento aqui as perguntas do Papa Francisco que se encontra em sua carta: Ano da Vida Consagrada ALEGRAI-VOS. Pag 46 - 50.

Queria dizer-vos uma palavra, e a palavra é alegria. Onde estão os consagrados, os seminaristas, as religiosas e os religiosos, os jovens, há sempre alegria, há sempre júbilo! É a alegria do vigor, é a alegria de seguir Jesus; a alegria que nos dá o Espírito Santo, não a alegria do mundo. Há alegria! Mas, onde nasce a alegria? 

Olha no fundo do teu coração, olha no íntimo de ti mesmo, e interroga-te: tens um coração que aspira a algo de grande ou um coração entorpecido pelas coisas? O teu coração conservou a inquietação da procura ou permitiste que ele fosse sufocado pelos bens, que terminam por atrofiá-lo? Deus espera por ti, procura-te: o que lhe respondes? Apercebeste desta situação da tua alma? Ou dormes? Acreditas que Deus te espera ou, para ti, esta verdade não passa de “palavras”?

Podemos perguntar-nos: eu vivo inquieto por Deus, por anunciá-lo, por dá-lo a conhecer? Ou então, deixo-me fascinar por aquela mundanidade espiritual que leva a fazer tudo por amor-próprio? Nós, consagrados, pensamos nos interesses pessoais, no funcionalismo das obras, no carreirismo. Mas podemos pensar em tantas coisas... Por assim dizer, “acomodei-me” na minha vida cristã, na minha vida sacerdotal, na minha vida religiosa, e até na minha vida de comunidade, ou conservo a força da inquietação por Deus, pela sua Palavra, que me leva a “sair” e ir rumo aos outros? 

A inquietação do amor impele-nos sempre a ir ao encontro do outro, sem esperar que seja o outro a manifestar a sua necessidade. A inquietação do amor oferece-nos a dádiva da fecundidade pastoral, e nós devemos perguntar-nos, cada um de nós: como está a minha fecundidade espiritual, a minha fecundidade pastoral? 

Uma fé autêntica exige sempre um desejo profundo de mudar o mundo. Eis a pergunta que nos devemos fazer: temos também nós grandes visões e estímulos? Somos também nós audazes? O nosso sonho voa alto? O zelo devora-nos (cf. Sl 69, 10), ou somos medíocres e satisfazemo-nos com as nossas programações apostólicas de laboratório? 

“Hoje as pessoas precisam certamente de palavras, mas, sobretudo têm necessidade de que testemunhemos a misericórdia, a ternura do Senhor, que aquece o coração, desperta a esperança, atrai para o bem. A alegria de levar a consolação de Deus”. Papa Francisco.

Irmã Maria aparecida Rosa, sdn





segunda-feira, 4 de agosto de 2014

JUVENTUDES



Sábado, dia 02 de agosto/14, na Casa Central das Irmãs Sacramentinas de Nossa Senhora, em Belo Horizonte, um grupo de 10 Irmãs Sacramentinas, uma formanda e 29 Educadores dos Colégios: Padre Júlio Maria - Boa Esperança, MG; Santa Teresinha - Manhumirim, MG; São José - Niterói, RJ e Nossa Senhora das Graças - Patos de Minas, MG, se reuniram para refletir sobre as juventudes. Quem nos assessorou neste tema foi Carmem Lúcia Teixeira, de Goiânia, GO. Assessora e Pesquisadora da Juventude e outros trabalhos a fins.
Irmã Cacilda, Coordenadora Geral da Congregação, em sua palavra de acolhida ao grupo, trouxe este versículo Bíblico: “Que ninguém o despreze pelo fato de você ser jovem. Quanto a você mesmo, seja para os fiéis um modelo na palavra, na conduta, no amor, na fé na pureza” (1Tm 4,12). Ela destacou a importância deste dia de trabalho sobre as juventudes, por ser um tema pertinente. Tempos atrás se falava em juventude e hoje quais são as implicações ao tratarmos de juventudes no plural?
Nossas expectativas eram muitas! Pensávamos, por onde Carmem vai começar falar de um assunto tão complexo?! Para minha e nossa surpresa, ela começou com estas provocações: Como é que nós nos relacionamos com as/os jovens? De que lugar eu olho para as/os jovens? E continuou, refletindo sobre estas perguntas, façamos memória da história do nosso nome. Ele nos trás uma identidade, uma estrutura, uma responsabilidade... Quando alguém diz o nosso nome espera de nós atitudes que correspondam ao nome. Ex.: Maria. Como pode uma mulher se chamar Maria e ter atitudes incorretas?...

O jovem olha para o adulto na busca de encontrar nele uma referência onde ele, se sinta seguro para fazer suas perguntas. Por isso, é importante que o adulto ocupe o seu lugar de pessoa adulta. Quando não ocupamos este lugar de adulto, ele fica vazio e buscamos apoio em um lugar que não é o nosso. Daí surge os vários conflitos entre gerações.
Estas inquietações foram dando lugar a várias outras. Fomos para um trabalho de grupo com a seguinte orientação: nomear cinco atividades com juventudes e a partir destas, fazer perguntas referentes a elas. Eis algumas:
Qual a linguagem mais adequada para falar aos jovens?
Em que sentido as nossas atividades são compreendidas pelos jovens?
Qual a percepção do adulto em relação ao jovem e do jovem em relação ao adulto?
Qual o sentido do conteúdo ministrado para o aluno jovem?
Qual a relevância de minhas ações e o que tenho acrescentado na vida da/o jovem?
Será que a direção que estamos apontando é o que desejam?
No projeto de vida da/o jovem o que ela/e espera de nós?
Considerando que a/o jovem foi desde o início o sujeito principal da nossa missão Sacramentina, será que estamos atingindo-os?
A maioria dos nossos alunos do Ensino Médio é a favor da diminuição da maior idade penal. São adolescentes e, caso essa proposta vigorasse e eles tivessem conflitos com a lei, estariam presos como adultos sem o benefício de nível superior. Porque será que são a favor da diminuição da maior idade penal?
Sabemos que é impossível encontrar todas as respostas paras as nossas dúvidas e inquietações. Mas quando nos dedicamos a uma reflexão como oportunidade de construção, aos poucos nossos conhecimentos vão se ampliando e os horizontes vão se abrindo.
Olhar para a juventude é preciso! Porém, esse olhar, deve ser despido de conceitos preestabelecidos, pois, eles nos impedem de ver os jovens como são. Qual é a referência que uso ao olhar para a juventude?
Dizia ainda a assessora: “Nossas ações precisam ir na contramão deste sistema que tira os jovens da sociedade colocando-os nas prisões e no isolamento. Precisamos nos unir! É urgente desorganizar o sistema que favorece o desencanto pela vida, levando a/o jovem a morrer ou matar sem nenhum prejuízo. Assim fazia Jesus. Ele tocava nas estruturas. Nossas ações tocam nas estruturas?


As dificuldades são muitas. Mas não podemos jamais desanimar, pois tornar-se seguidora/or de Jesus é passar pelo mesmo caminho que Ele passou. A evangelização passa pelo encontro profundo com Jesus. As ações dele sempre tocavam nas estruturas favorecendo a vida e a liberdade. Podemos nos perguntar. Realizamos eventos ou ações? Ações isoladas se tornam eventos. O processo implica que todas as ações sejam conectadas, gerando processos que favoreçam a vida.
Nem todas as perguntas têm respostas e, sobretudo de imediato. Podemos dizer que o objetivo do Encontro foi alcançado, pois, a intenção é somar forças em um trabalho de aproximação, conhecimento e inclusão das juventudes, numa atitude de acompanhamento permanente.
Irmã Maria Aparecida Rosa, sdn