Sejam Bem Vidos!!!

A vida é presente de Deus! Cuidar bem dela é nosso dever. Dar sentido à vida é uma opção que cada pessoa faz. Este blogger apresenta para você oportunidades de conhecer nossa missão.

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

 


Celebrar é tornar célebre aquilo que é importante

 

 

Com alegria e simplicidade celebramos, no dia 14 de novembro p.p., os 81 anos do Hospital Pe. Júlio Maria, em Manhumirim – MG.

 


Na capelinha desta casa, às 16h, um pequeno grupo, representando os funcionários, amigos, acompanhantes e as Irmãs Sacramentinas, se reuniu para dar graças a Deus que até aqui conduziu esta obra, sonhada pelo Pe. Júlio Maria De Lombaerde, para socorrer o povo da cidade de Manhumirim e região. Pe. Marcos Antonio Alencar Duarte, Sacramentino de Nossa Senhora, presidiu a celebração com carinho destacando em sua homília a importância do HPJM no acolhimento aos doentes e a necessidade de perseverar na oração para que os desafios que se apresentam a cada dia sejam superados. Porque Deus não abandona quem nele confia! Recordou também que essa celebração ficará na história, pois como um grande presente de aniversário, podemos contar agora com a Associação Amigos do Hospital Pe. Júlio Maria, que se fez presente e se comprometeu a somar forças nessa causa, a buscar junto à sociedade o apoio para o hospital.

 


Ao final da celebração, agradecidos e agradecidas, partimos o bolo, cantamos parabéns e posamos para a foto histórica da Associação Amigos do Hospital Pe. Júlio Maria. Até aqui o Senhor nos conduziu. E se Ele deve ser amado por Si mesmo, ele deve ser servido nos pobres. Continuamos contando com a sempre e poderosa intercessão do Servo de Deus Pe. Júlio Maria para continuarmos e enfrentando os muitos desafios que se apresentam a cada dia no desempenho da árdua missão de administrar este hospital em tempos tão difíceis, atendendo 90% SUS.

Que Nossa Senhora, dispensadora de todas as graças, seja nossa âncora, nesse mar agitado pela segunda onda da Covid.

Irmã Eva Maria Ribeiro, sdn

 

domingo, 15 de novembro de 2020

 

Imagem da internet

33º DOMINGO DO TEMPO COMUM – 15/11/2020

Queridos Irmãos e Irmãs,

A liturgia celebrada hoje nos desperta para três elementos importantes:

_O IV Dia Mundial dos Pobres. (Carta Apostólica Misericórdia et Misera, em 2016);

_Fazer frutificar o DOM que recebemos de Deus;

_O compromisso de elegermos nossos representantes municipais.

 

PRIMEIRA LEITURA – Livro dos Provérbios (31,10-13.19-20.30-31)

 

Uma mulher forte, quem a encontrará? Ela vale muito mais do que as joias. Seu marido confia nela plenamente, [...] Ela lhe dá só alegria e nenhum desgosto, todos os dias de sua vida. Procura lã e linho, e com habilidade trabalham as suas mãos. [...]. Abre suas mãos ao necessitado e estende suas mãos ao pobre. O encanto é enganador e a beleza é passageira; a mulher que teme ao Senhor, essa sim, merece louvor.

O autor sagrado nos apresenta uma mulher com características fundamentadas nos valores cristãos. Ele diz que ela é uma mulher atenciosa, atenta às necessidades da sua casa e dos outros, trabalhadora, honesta, feliz, esperançosa, enfim, uma pessoa comprometida com a vida. Isso nos remete a uma experiência familiar, onde o amor se faz presente. Aqui podemos entender que o autor está aproveitando desta “figura” da mulher, para falar da importância da sabedoria em nossa vida, ou seja, uma pessoa que dá conta de aplicar em sua vida a sabedoria que edifica sua vida e a vida das pessoas ao seu redor, ela ilumina nossa condição para o discernimento sobre aquilo que nos convém.

Evangelho  Mt 25,14-30

Jesus contou esta parábola a seus discípulos: Um homem ia viajar para o estrangeiro. Chamou seus empregados e lhes entregou seus bens. A um deu cinco talentos, a outro deu dois e ao terceiro, um;
a cada qual de acordo com a sua capacidade. Em seguida viajou. O empregado que havia recebido cinco talentos trabalhou com eles, e lucrou outros cinco. Do mesmo modo, o que havia recebido dois. Mas aquele que havia recebido um só escondeu o dinheiro do seu patrão. Depois de muito tempo, o patrão voltou e foi acertar contas com os empregados. O empregado que havia recebido cinco talentos entregou-lhe mais cinco. O patrão lhe disse: ‘Muito bem, servo bom e fiel!
Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais’. Do mesmo modo o que havia recebido dois. O patrão lhe disse: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais’.  Por fim, chegou aquele que havia recebido um talento, e disse: ‘fiquei com medo e escondi o teu talento no chão’. O patrão lhe respondeu: ‘Servo mau e preguiçoso! Devias ter depositado meu dinheiro no banco, para que, ao voltar, eu recebesse com juros o que me pertence. Porque a todo aquele que tem será dado mais, e terá em abundância, mas daquele que não tem até o que tem lhe será tirado’.

Jesus contou esta parábola não para amedrontar ninguém, mas para dizer que o Pai nos deu todos os seus bens. Nós temos a tendência em associar esses talentos com as nossas habilidades, nossos dons e até mesmo fazer comparações entre nós. Podemos até pensar assim, mas o que Jesus está nos revelando trata-se de algo muito mais profundo. Ele está nos ensinando que o talento maior é o amor, que o Pai nos deu gratuitamente, para que multiplicássemos esse dom entre nós, na construção de seu Reino. Pela prática do amor nós nos tornamos cada vez mais filhas e filhos do mesmo Pai, que primeiro nos amou.

Interessante a lógica de Deus, aqui representada pelo senhor que viajou. O elogio para aquele que recebeu cinco talentos e lucrou mais cinco é o mesmo elogio para quem recebeu dois. Isto confirma que para Deus, somos iguais. “O amor coloca-nos em tensão para a comunhão universal. Ninguém amadurece nem alcança a sua plenitude, isolando-se” (Fratelli Tutti, n. 95). “O mundo existe para todos, porque todos nós, seres humanos, nascemos nesta terra com a mesma dignidade” (Fratelli Tutti, n. 118). Assim, ao prestar um serviço à comunidade, fazendo frutificar nossos dons, nós crescemos na abertura a Deus, permitindo que Ele “atualize” em nós o que já nos foi dado.

O que seria esse servo mau e preguiçoso? Ele sabia da seriedade, do compromisso, das consequências e por isso, ficou com medo e enterrou o talento recebido. De fato, quando nós nos colocamos para servir à comunidade nos vários serviços, passamos pela experiência do medo, da insegurança, do desânimo, mas foi preciso arriscar. “Deus não escolhe pessoas capacitadas, mas capacita as escolhidas”. Em nossa abertura, Deus pode fazer tudo em nós, nos diz São Paulo na segunda leitura: Todos vós sois filhos da luz e filhos do dia. Não somos da noite, nem das trevas. [...] sejamos vigilantes e sóbrios” (1 Ts 5,5-6).

Estas leituras de hoje nos apontam para uma resposta concreta ao Senhor, que nos confiou todos seus bens e espera pela nossa atitude de fazer frutificar esses bens/talentos, na construção do Reino. Neste sentido, o Papa Francisco está sempre nos alertando para o cuidado com a vida e, sobretudo, a vida dos mais vulneráveis. No encerramento do Jubileu da Misericórdia, em 2016 ele instituiu o  Dia Mundial dos Pobres. Este ano ele propôs o tema “Estende a tua mão ao pobre” (Sir 7, 32). Ele continua dizendo: “A pobreza assume sempre rostos diferentes, que exigem atenção a cada condição particular: em cada uma destas, podemos encontrar o Senhor Jesus, que revelou estar presente nos seus irmãos mais frágeis” (cf. Mt 25, 40). Dom Walmor e os Bispos auxiliares de Belo Horizonte, em sua mensagem pelo dia das eleições, disseram: “Precisamos estar atentos à acolhida e à inclusão das pessoas que, em crescente número, passam a morar nas ruas de nossas cidades. Também necessitamos, urgentemente, de políticas públicas que melhorem as condições de vida em aglomerados e nas comunidades mais pobres”. Pelo nosso voto podemos mudar este cenário!

Que a Palavra de Deus nos ilumine e nos dê a graça do discernimento para escolhermos bem nossos representantes municipais, visando sempre o bem comum. O Papa Francisco em sua Encíclica nos diz: “Na atividade política, é preciso recordar-se de que independentemente da aparência, cada um é imensamente sagrado e merece o nosso afeto e a nossa dedicação. Por isso, se consigo ajudar uma só pessoa a viver melhor, isso já justifica o dom da minha vida” (Fratelli Tutti, n. 195). Dom Orlando Brandes diz: “Votar é um ato de amor pátrio, é um direito, é próprio da democracia. Votar quer dizer exercer o poder que o povo tem de transformar a realidade”.

Sugestão - Oração ao Criador. Fratelli Tutti, Pg. 148.

Senhor e Pai da humanidade, que criastes todos os seres humanos com a mesma dignidade, infundi nos nossos corações um espírito fraterno. Inspirai-nos o sonho de um novo encontro, de diálogo, de justiça e de paz. Estimulai-nos a criar sociedades mais sadias e um mundo mais digno, sem fome, sem pobreza, sem violência, sem guerras.

Que o nosso coração se abra a todos os povos e nações da terra, para reconhecer o bem e a beleza
que semeastes em cada um deles, para estabelecer laços de unidade, de projetos comuns,
de esperanças compartilhadas. Amém!

Irmã Maria Aparecida Rosa, sdn

 


quarta-feira, 4 de novembro de 2020

 

Imagem do filme

O MENINO QUE DESCOBRIU O VENTO

Comentário sobre o filme

O filme conta a história do menino Willian do Malawi – África, que enfrenta seus medos e não aceitação para salvar a vida do seu povo. Por seus pais não terem dinheiro para pagar a mensalidade da escola o garoto William, buscava após a aula em um monte de ferro velho algo para vender e conseguir ajudar seus pais na mensalidade, afinal estudar ainda era a forma de um futuro melhor. E como era de esperar com a destruição das arvores e a falta de água os moradores do Malawi, começaram a passar grandes dificuldades, pois nenhuma plantação conseguia desenvolver, começou a escassez de grãos para a alimentação, os animais começam a morrer e moradores começam a passar fome e abandonaram a região.  O filme mostra a natureza que aos poucos ia se  acabando e William acompanha todos os desafios de seus pais em meios aos sofrimentos ao ver seus vizinhos e parentes vender para o governo, aquilo que ainda era a esperança e a sustentabilidade da região, as árvores.

O olhar atento do garoto William, sua inteligência e busca incansável por acreditar que era possível devolver a vida aquele povo, ele inova naquela região algo que já existia em muitos lugares, busca o conhecimento e aproveitando das pequenas oportunidades ele se refugiava na biblioteca, aprimorando seu conhecimento sobre engenharia e o sistema de energia eólica, tornando isso a fonte de inspiração para concretização de seus sonhos.

Com coisas jogadas no lixo, junto com o que ele apreende na escola, em meios as dificuldades e desafios da seca e da fome, surge uma ideia inovadora, William, começo a dar vida a seu sonho procurando peças que o ajude de alguma forma, na construção do moinho de vento para assim tentar devolver a esperança ao seu povo. Com o vento forte que existe naquela região, junto com a força de construir algo, William quebra regras, luta contra o pai e é desafiado pelo próprio pai, para conseguir o que quer. William percorre a descoberta com olhar empreender, vai além com sua imaginação, busca a ajuda dos amigos, mostra que é possível, procura pelo pai, mostrando seu projeto arriscando pedir do pai sua bicicleta, único meio de transporte diante do calor, pobreza e seca. O pai não o compreende e o desafia a parar de brincar e ir trabalhar. William mesmo não encontrando ajuda, sendo abandonado, com inúmeras dificuldades, barrado, ameaçado ele não desiste de acreditar em seu potencial, sonhos de um olhar empreendedor que consegue ver a solução. 

Imagem do filme

Com a busca e a luta incansável por seus sonhos e a seca sempre maior seu pai resolve dar o voto de confiança. E aquele povo começa a ajudar a colocar seu projeto em pratica. Devolvendo assim o verde aquela terra seca, a vida ao povo sedento, o brilho e sorriso do povo.

O Filme é muito inspirador e nos inspira a não nos cansarmos de lutar por aquilo que acreditamos que as nossas sedes não sejam de seca, mas de busca.  Ao ver o filme é possível se perguntar, como em um mundo tão desenvolvido, esta realidade ainda existe?  (Pobreza, seca, fome, morte, poder dominador, incoerência, falta de dialogo e partilha). O poder político, de forma desordenada é capaz de destruir o pouco de esperança que ainda há no povo!

Se a vida fosse realmente prioridade em um plano governamental, não existiriam tantas barragens trazendo risco, tantas barreiras para o ser humano mais pobre, tanta fome e dor.  Se ousássemos acreditar mais nas pessoas que buscam se doar em prol de projetos que visam a melhoria da sociedade o mundo teria outra rosto. Afinal, existem pessoas buscando sinal de vida e esperança para o seu povo.

Imagem do filme









Irmã Julimar da Silva Leonardo, sdn