Sejam Bem Vidos!!!

A vida é presente de Deus! Cuidar bem dela é nosso dever. Dar sentido à vida é uma opção que cada pessoa faz. Este blogger apresenta para você oportunidades de conhecer nossa missão.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Foto da Internet - JMJ, Panamá


JUVENTUDES E VOCAÇÃO
À LUZ DO MAGISTÉRIO DO PAPA FRANCISCO

O Papa Francisco ao falar da Igreja, nos diz que ela está em processo de construção. Por esta razão, ela deverá ser acolhedora e que coloque em prática os ensinamentos de Jesus. Percebe-se em seus documentos, a preocupação contínua de não permitir que a Igreja se distancie do Evangelho, desviando para outros caminhos.

Como “bom pastor”, Francisco está sempre atento ao seu “rebanho”, e, no momento, nos impulsiona a voltar nosso olhar amoroso para a juventude, trazendo-a para a centralidade do Projeto de Deus. Trata-se de um grupo cheio de potencialidades. Mas, infelizmente o “mundo adulto” nem sempre o vê assim. Devido à sua pouca experiência de vida, o vê, muitas vezes, como grupo sem compromisso, desatento, inconstante, voltado para o provisório, etc. Frente a esta concepção, a juventude acaba sendo colocada à margem da sociedade e da Igreja. Será que esta forma de os adultos conceberem a juventude, não tem contribuído para o elevado número de jovens no mundo das drogas, do desânimo, da depressão e do suicídio?
No questionário preparatório ao Sínodo da Juventude, fez-se esta pergunta: o que querem os jovens de hoje? Sobretudo, o que buscam na Igreja? Como resposta expressaram que desejam: uma “Igreja autêntica”; que brilhe por “exemplaridade, competência, corresponsabilidade e solidez cultural”; uma Igreja que compartilhe “sua situação de vida à luz do Evangelho ao invés de fazer pregações”; uma Igreja que seja “transparente, acolhedora, honesta, atraente, comunicativa, acessível, alegre e interativa”. Enfim, uma Igreja “menos institucional e mais relacional, capaz de acolher sem julgar previamente, amiga e próxima, acolhedora e misericordiosa”.
Cuidar e acompanhar aos jovens pode nos parecer uma tarefa difícil, mas necessária e urgente. Faz a diferença quando a jovem o jovem, vem sendo acompanhada/o pela família, a Igreja e a Sociedade de modo em geral. Tornam-se pessoas que constroem sua “casa sobre a rocha” e ainda, cidadãos críticos, formadores de opinião. Por isso, a necessidade de acompanhar aos jovens. Compreendemos: acompanhar é diferente de dominar, influenciar, manipular, etc. Acompanhar é colocar-se numa atitude de quem caminha junto, escuta e respeita a liberdade da pessoa acompanhada. Jesus nos ensina isso no caminho com os discípulos para Emaús (Lc 21, 13-35).
O Papa Francisco também recordou uma das palavras de Jesus aos discípulos, que lhe perguntavam: “Rabi, onde moras?”. Ele respondeu: “Vinde e vede!”. “Jesus dirige o seu olhar também a vós, convidando-vos a caminhar com Ele”. Essa atitude de Jesus nos desafia! Temos coragem de convidar a/o jovem a vir conosco para ver de perto como vivemos nossa consagração, nosso compromisso batismal, nosso testemunho profético, de tal forma que impulsione também ela/ele a viver o mesmo? Em outras palavras, a convivência conosco, desperta nas/nos jovens o desejo de eternidade? Aquelas/es que estão em nossas Instituições sentem-se a força do seu protagonismo e a disposição para a entrega de sua vida no serviço ao Reino de Deus?
Disse Dom Jaime Spengler: “Urge apresentar aos jovens e adolescentes os distintos caminhos do serviço do Senhor e do seu Reino: como leigos engajados nos diversos âmbitos da vida social; casados que assumem o compromisso do matrimônio; consagrados por causa do Reino dos Céus; e ministros ordenados a serviço do povo, nas diversas comunidades de fé”.
Esta fala de Dom Jaime também nos provoca, pois sentimos constrangidas/os ao falarmos de vocação. Esta palavra, por muito tempo na Igreja, foi compreendida de forma limitada, se referindo apenas à escolha do sacerdócio ministerial ou da vida consagrada.
Nesse sentido, o Padre Júlio Maria nos dá um testemunho bonito e animador. Desde a sua adolescência assumiu uma atitude profunda de escuta ao chamado de Deus em sua vida. Em sua juventude selou seu compromisso tornando-se Irmão, na Congregação dos Missionários de Nossa Senhora da África. E com o passar do tempo, aspirando ao Sacerdócio, no final de 1901, retornou à Europa, e ingressou na Congregação dos Missionários da Sagrada Família.
Seu jeito de viver, de conviver e de falar ao povo comovia as pessoas e despertava nas/nos jovens um forte desejo de seguir a Jesus como consagradas/os. Seu ardor missionário inquietava... Não será este, um momento propício para revermos a vivência concreta de nossa Consagração, para percebermos se somos ou não, presença que desperta seguidoras/es?
Irmãs: Cacilda Mendes Peixoto e Maria Aparecida Rosa, sdn