Sejam Bem Vidos!!!

A vida é presente de Deus! Cuidar bem dela é nosso dever. Dar sentido à vida é uma opção que cada pessoa faz. Este blogger apresenta para você oportunidades de conhecer nossa missão.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

SIMPÓSIO VOCACIONAL



Em Belo Horizonte, MG, na Casa de Retiro São José, aconteceu nos dias 16 a 18 de maio de 2014, o SIMPÓSIO VOCACIONAL DO BRASIL com o tema: “Ide e anunciai! Vocações diversas para uma grande missão!” Mais de 150 participantes dos Regionais Leste 1 e Leste 2 (Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro).
A ideia da realização deste Simpósio surgiu durante uma das reuniões do Instituto de Pastoral Vocacional (IPV), que já tem a prática de realização de simpósios anuais com membros associados. Durante a 9ª reunião conjunta da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CMOVC-CNBB), em Aparecida, SP, de 17 a 20 de outubro de 2011, a proposta foi apresentada e acolhida.
Este Simpósio teve como objetivo aprofundar a questão vocacional, em razão dos 50 anos do Dia Mundial de Orações pelas Vocações e dos 30 anos do primeiro Ano Vocacional no Brasil. Foi um evento realizado simultaneamente, nas cinco macrorregiões Pastorais do Brasil: Sul, Leste, Nordeste, Centro-Oeste e Norte, por meio de videoconferência.

Dom Frei Dario Campos, Bispo da Diocese de Cachoeiro do Itapemirim, ES, re-ferencial da PV-SAV no Leste 2, acolheu todas/os participantes incentivando-os nesta missão exigente e muito bonita! Vejam algumas provocações feitas por ele: “Para chamar alguém é preciso ser uma pessoa alegre e apaixonada por Jesus. Estar convencida disso. Uma pessoa triste e desencantada não contagia ninguém. É preciso ter coragem de chamar. Do jeito que estou vivendo a minha vocação serve de um convite para outros ou um afastamento? Sou um/a animador/a vocacional ou estou nesta função? O que preciso mudar em minha vida para animar outras pessoas? Nossa pedagogia deverá ser a mesma de Jesus, conduzir a pessoa para Deus. O chamado precisa ser em muitas das vezes, um chamado pessoal. Apaixonar-se pelo Senhor todos os dias. Transmitir esta paixão com alegria e com uma vida feliz que provoque uma experiência com Aquele que nos chama”.

Dom João Justino, bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte, apresentou conferências com os temas: "Ide e anunciai! Vocações diversas para uma grande missão!" E; Na comunhão com Ele, enviados para a grande missão!
Alguns fragmentos de suas conferências: “Jesus coloca a pessoa no centro com o objetivo de fazer dela uma pessoa livre e feliz. Não apenas estar, mas ser animadores vocacionais. Eu vivo deste modo. Meu estilo de vida é este. É por aí que chegaremos a uma cultura vocacional. Em virtude do nosso batismo tornamo-nos missionários! A nova evangelização exige um novo protagonismo. A missão revela a comunhão. A experiência mais forte na Bíblia é o do Êxodo - o Deus libertador. Só depois iremos ao Deus Salvador que nos criou por um grande amor. Jesus invisível em sua divindade tornou-se visível em nossa carne (prefácio do Natal). O Evangelho provoca em nós uma transformação, uma conversão, um novo estilo de vida. Três grandes atitudes missionárias: Diálogo, Crítica-profética e Testemunho de vida até a morte. O mistério da comunhão nos leva para dentro da Trindade. Comunhão gera missão e a missão está a serviço de Deus”.

No final do Simpósio foi elaborada uma carta compromisso, com o resultado dos trabalhos em grupos. Ficou assim este compromisso:
CARTA COMPROMISSO DO SIMPÓSIO VOCACIONAL

Ao Povo de Deus nas Igrejas do Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro,
a vós, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai! (Cl 1,2)

“Senhor, chamaste-nos? Eis que aqui estamos! Chamaste-me, Senhor, aqui estou!”. Nós animadores e animadoras vocacionais dos Regionais Leste 1 e 2 da CNBB, reunimo-nos em Belo Horizonte de 16 a 18 de maio de 2014 para o Simpósio Vocacional do Brasil. Viemos de 35 Dioceses de Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Bahia e São Paulo. Contamos com 02 bispos, 19 padres, 02 diáconos permanentes, 50 religiosos(as) e 80 leigos(as) totalizando 153 participantes. 
“Eu disse sim, ó Senhor! Eu disse sim por amor! Pronto para ir eu estou para uma grande missão!”. A partir deste refrão do hino do simpósio se evidenciou a razão do evento: refletir sobre a cultura vocacional e a importância de favorecer a articulação da PV-SAV e estimular a formação das EVPs.
A partir do tema “Ide e anunciai! Vocações diversas para uma grande missão!”, valemo-nos do itinerário proposto pelo Papa Francisco para a vivência da missão e da comunhão “primeirear, envolver-se, acompanhar, frutificar e festejar” (EG 24), contemplando na dinâmica do êxodo e do dom, a alegria do evangelho.

Seja como for, todos somos chamados a dar aos outros o testemunho explícito do amor salvífico do Senhor, que, sem olhar às nossas imperfeições, nos oferece a sua proximidade, a sua Palavra, a sua força, e dá sentido à nossa vida. O teu coração sabe que a vida não é a mesma coisa sem Ele; pois bem, aquilo que descobriste, o que te ajuda a viver e te dá esperança, isso é o que deves comunicar aos outros. A nossa imperfeição não deve ser desculpa; pelo contrário, a missão é um estímulo constante para não nos acomodarmos na mediocridade, mas continuarmos a crescer (EG 121).

Desta forma, vencendo as tentações contra a missão e dispostos a avançarmos na comunhão, abraçamos como compromissos do simpósio:

- Superar o individualismo procurando efetivar a pastoral de conjunto, especialmente com a Pastoral Familiar e a dimensão bíblico-catequética;

- Estimular a formação vocacional permanente para padres, seminaristas e lideranças das pastorais, movimentos, congregações e institutos seculares;

- Reconhecendo que a Igreja é toda ministerial, organizar a PV-SAV, por meio do diálogo e do respeito, tendo como fundamento a comunhão trinitária;

- Conhecer e valorizar os subsídios já existentes nos regionais e colocá-los em prática nas paróquias, vivendo na própria realidade o estado permanente de missão.

Sabedores de que todo serviço eclesial tem uma dimensão vocacional, queremos ajudar todos os setores da Igreja a compreenderem esta dimensão e a não se descuidarem dela, colocando permanentemente as vocações na agenda de cada comunidade. 
“Na Comunhão com Ele, enviados para a grande missão”, pedimos ao Senhor da Messe que seja feita a Sua vontade assim na Terra como na Trindade. Amém. 
                                                 
Belo Horizonte, 18 de maio de 2014.

Organizadora do texto Irmã Maria Aparecida Rosa - sdn













sexta-feira, 16 de maio de 2014

Missão Sacramentina na Comunidade Educativa


O Colégio Nossa Senhora das Graças de Patos de Minas é um dos braços da missão das Irmãs Sacramentinas de Nossa Senhora.
Como se trata de uma obra educativa, nossa missão é a educação cristã das crianças, adolescentes e jovens.
Em 1945, quatro Irmãs: Maria Coeli de Moura, Isabel Baylão, Celina Silva e Maria do Carmo Torres, imbuídas do ideal sacramentino e acreditando no valor da educação, tão incentivado pelo Fundador- Pe. Júlio Maria De Lombaerde e pela Co-fundadora-Madre Maria Beatriz Frambach, assumiram, com muita ousadia, esse Colégio que até nos dias de hoje ainda cumpre sua bela missão.
Os desafios de ontem: pobreza, desconforto material, deficiências pedagógicas, inculturação entre os patenses, enfim, todas as dificuldades de início de uma obra dessa magnitude, fizeram parte da vida das primeiras Irmãs.
A construção do prédio levou 19 anos a ser semi-concluída, vindo a ser terminada em maio de 2010. E as paredes desse prédio trazem as marcas do suor das primeiras Irmãs que foram até serventes dos pedreiros, além de professoras e responsáveis pelas alunas internas; cada recanto, cada detalhe artístico, os corredores e salas de aulas ainda guardam a presença das inúmeras Irmãs que por aqui passaram, ensinando e formando pessoas de bem.
Revendo a história, percebe-se que o trabalho dessas nossas heroínas do saber, não foi em vão. Se a obra é de Deus, ela continua e isso está acontecendo até hoje, após 69 anos de missão. História bonita desse Colégio! Em 2015, muitas comemorações acontecerão relembrando os 70 anos da presença das Irmãs Sacramentinas de Nossa Senhora em Patos de Minas.
Hoje, o Colégio Nossa Senhora das Graças, além de ser um centro cultural moderno, atualizado, dentro das novas tecnologias, carrega em sua bagagem, o frescor das raízes e a seiva da espiritualidade missionária.
Um equipe administrativa e pedagógica, formada por leigos(as), juntamente com as Irmãs, dirigem essa obra do Instituto das Irmãs Sacramentinas com competência, entusiasmo e garra.
Organização séria, formação acadêmica segura e atualizada, formação religiosa e missionária, conforme o carisma da Congregação, garantem o sucesso dessa missão em Patos de Minas e região e o respeito das famílias.
Se você, jovem, sentir o chamado de Deus para uma missão assim, venha conhecer o que é ser educadora na Congregação das Irmãs Sacramentinas de Nossa Senhora. Para conhecer melhor o Colégio Nossa Senhora das Graças, entre no site: WWW.cnsgpatos.com.br e, tenho certeza, seu coração baterá mais forte.
















Ir. Marina Guilhermina de Oliveira - snd, diretora do CNSG


terça-feira, 6 de maio de 2014

Formação Continuada



Do dia 1º a 04 de maio de 2014, as Irmãs Sacramentinas de Nossa Senhora, estiveram reunidas na Casa Central, em Belo Horizonte, MG, para o Encontro de Formação Continuada.
O Encontro foi marcado por vários momentos: lazer, dinâmicas, reflexões, momentos orantes e o prazer de nos encontrarmos, pois, éramos um grupo de 48 Irmãs vindo dos seguintes lugares: Alvarães, AM; Angola, África; Belo Horizonte, Boa Esperança, Manhumirim, Patos de Minas, MG; Cachoeiro de Itapemirim, ES; Goiânia, GO; Niterói, e Rio das Ostras, RJ.
Neste Encontro, dedicamos um tempo para rever e rezar a nossa missão. E outro, para refletir sobre a nossa vivência comunitária, tendo como horizonte inspirador o nosso compromisso de Cultivar o verdadeiro sentido da comunidade religiosa – “lugar teológico” que revela Deus-comunhão ao mundo, exercitando relações evangélicas irmãs, circulares e inclusivas.
Entre tantas reflexões e provocações, Irmã Solange Pereira Barros - sdn nos ajudou com o tema: VIDA COMUNITÁRIA – O COTIDIANO PESSOAL E COMUNITÁRIO.
De início propôs esta questão: o que compõe o seu COTIDIANO?
Aprofundando entendemos que o cotidiano é marcado pela seqüência de ações que exigem flexibilidade, paciência, prontidão e atenção ao outro e a mim. A rotina do cotidiano, precisa de profundidade, autenticidade, criatividade, leveza. Não é tanto a quantidade de vezes que nos encontramos, mas a qualidade e o sentido que se dá aos momentos comunitários. Que seja um, mas que todas estejam juntas, porque encontraram no cotidiano esse espaço.
Comunidade lugar da vida partilhada
O melhor modo de ser comunidade é entrar na sua vida cotidiana com tudo o que isso implica de trabalho, disponibilidade e acolhimento. Esta vida é marcada por um número de pequenos gestos que expressam: fidelidade, ternura, humildade, perdão, delicadeza, serviço desinteressado.
A partilha de nossas fraquezas e dificuldades é um estímulo maior para os outros do que somente a partilha dos nossos sucessos. Em comunidade, corremos sempre o risco de pensarmos que os outros fazem melhor ou, que não tem as mesmas lutas que eu.
Quando descobrimos que estamos todas no mesmo barco e temos os mesmos medos, temos cansaços, isto nos ajuda a continuar acreditando que a dificuldade e a possibilidade de crescimento que há em mim, há na outra também.

Comunidade - lugar da complexidade
Toda comunidade é composta de realidades complexas. Nela há gente de todo tipo e temperamentos diferentes. Há pessoas organizadas, de rápido raciocínio, objetivas, eficazes; há outras que são vagarosas, sensíveis, emotivas, lentas no agir, mais voltadas para contatos pessoais. E ainda, tem as pessoas tímidas, depressivas, pessimistas, e as que são extrovertidas, otimistas e festivas. Ou seja, na comunidade existe um pouco de tudo. Esta variedade humana constitui sua riqueza e, ao mesmo tempo, seu desafio comunitário.
Tensões, desentendimentos e choques entre as pessoas, fazem parte da vida de uma comunidade. As tensões revelam que a comunidade é uma realidade bem humana. Para transformá-la em fraternidade cristã, os membros precisam continuamente de conversão.
Estar aberta à ação transformadora do Espírito Santo é a condição básica para reencontrar os caminhos do Senhor na convivência de consagradas. As tensões podem ser de fato, momentos de crescimento e de aprofundamento comunitário. As pedras no caminho não serão necessariamente obstáculos; podem servir de fundamento para a construção de nossa casa.
Uma dica valiosa: “Devemos aprender a “DESDRAMATIZAR” a convivência. Saber rir de si mesma, saber colocar os conflitos em sua justa proporção, em uma visão de fé e não de emotividade. Uma comunidade de consagradas será sempre “um Projeto Evangélico em Construção”, simultaneamente “dom de Deus” e “tarefa humana”. Nela nada de humano estará ausente, mas é o Espírito que animará por dentro” (Frater Henrique Matos).

A vida comunitária e as influências externas
No mundo em que vivemos inúmeros problemas, afloram e se multiplicam a cada momento:
O ativismo, individualismo, comodismo, competição, fechamento, falta de compromisso, de generosidade, a crise no relacionamento, a fuga da vida fraterna e da oração, tudo isso, gera conseqüências sérias para a vivência fraterna.
Torna-se comum a perda de referência dos valores, a dificuldade de lidar com os próprios limites, a tendência à facilidade, à comodidade e, em meio a tudo isso, a fidelidade se revela como algo pesado demais, às vezes até insuportável. Estamos nós, Irmãs Sacramentinas de Nossa Senhora, imune a tudo isso? É evidente que não!
Com freqüência corremos o risco de perdemos o ardor. Caindo na rotina dos atos comunitários, praticando uma oração formal e vazia; entregando-nos à correria das atividades, aos compromissos de trabalho e faculdade, nos esvaziamos, nos fragmentamos. Perdendo o contato com a Fonte da Vida, afastando o nosso olhar d’Aquele que é o sentido das nossas atividades e compromissos, reduzindo nosso tempo junto a Jesus; não estaríamos nós, abandonando o Amor Primeiro?!

Quando o Amor Primeiro deixa de ser nutrido, a vida se torna pesada, os relacionamentos interpessoais, que deveriam ser marcados pela ternura e gratuidade, ficam duros, cheios de cobranças e acusações. E isso desfigura a comunidade e a nossa vida murcha. A nossa presença de consagradas perde o valor e a atração. É ai que precisamos retomar o caminho, reacender a chama e redescobrir o encanto de nossa vida em suas várias faces. Precisamos parar; aquietar-nos e novamente voltar o nosso olhar enamorado para JESUS a quem decidimos seguir e entregar a nossa vida. Aquele que nos vocaciona todos os dias a viver em Comunidade.
Bibliografia principal: Vida Religiosa um Projeto em Construção (Henrique Cristiano José Matos); Viver em Comunidade para a Missão - (José Lisboa Moreira de Oliveira).
















Por tudo que foi vivenciado nestes dias, demos graças a Deus! Nas reflexões, orações, partilhas, provocações..., sentimos que o Ressuscitado caminha conosco!
Organizadora do texto - Irmã Maria Aparecida Rosa - sdn