Sejam Bem Vidos!!!

A vida é presente de Deus! Cuidar bem dela é nosso dever. Dar sentido à vida é uma opção que cada pessoa faz. Este blogger apresenta para você oportunidades de conhecer nossa missão.

terça-feira, 20 de junho de 2017

Serra da Piedaade


Santuário Nossa Senhora da Piedade. 250 Anos de história - 1767 - 2017. Localizado no Município de Caeté ha 50 km da Capital Mineira. 1.746 metros de altitude. O Santuário que abriga a Padroeira de Minas Gerais, venerada há mais de dois séculos, a Santíssima Virgem Maria foi decretada pelo Papa João XXIII, em de 20 de novembro de 1958, Padroeira do Estado de Minas Gerais. Lugar místico que proporciona reflexão, oração, tranquilidade, paz interior, descanso, encontros... 


O português Antônio da Silva Bracarena foi quem pediu permissão para construir a Ermida na Serra e iniciou naquela região a veneração a Nossa Senhora com este título. Ele viveu no alto da Serra como eremita.
Bracarena veio de Portugal, viúvo, para ganhar dinheiro na construção da Igreja de Nossa Senhora do Bom Sucesso, no centro da cidade de Caeté, trabalhando com o artífice Manuel Francisco Lisboa, pai de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho que, ali presente, ainda jovem, aprendiz,  forjava-se como admirável mestre do barroco mineiro.  Aquela região foi uma escola de aprendizado para Aleijadinho. De lá, seus primeiros passos projetaram horizontes largos de um reconhecimento internacional pela arte e inteligência.  Entre as suas obras, uma das mais admiráveis e comoventes é a imagem da Senhora da Piedade, venerada há 250 anos na Ermida!



sexta-feira, 9 de junho de 2017

CATOLICISMO POPULAR INCULTURADO


            A fé católica é marcada pela oficialidade da Igreja, através de  rubricas, normas,  valores litúrgicos, riqueza de doutrina, princípios que garantem unidade e estabilidade.
“A Igreja Católica não  pode perder o caráter oficial como instituição sólida e depositária de um imensurável potencial, mas a Igreja é também uma realidade que se supera a si mesma quando se vê presente em diversas expressões religiosas que não se dão dentro de sua prática sistemática. Chamamos essa realidade de “Religiosidade Popular”-Dom Eraldo Bispo da Silva- Bispo Diocesano de Patos da Paraíba
“Esta maneira de expressar a fé está presente em diversas formas em todos os setores sociais, em uma multidão que merece nosso respeito e carinho, porque sua piedade reflete uma sede de Deus, que somente os pobres e simples podem conhecer. A religião do povo latino-americano é a expressão da fé católica. Um catolicismo popular, profundamente inculturado, que contém a dimensão mais valiosa da cultura latino-americana” (Dap, 258)
Os bispos, reunidos em Aparecida, por ocasião da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e Caribenho, nos dias 13 a 31 de maio de 2007, reforçam o respeito que a Igreja deve ter com as expressões religiosas dos povos do continente, principalmente com aquelas que cantam, dançam, rezam e exaltam a pessoa de Maria, mãe de Jesus, e os santos ditos “populares”.
De norte a sul e do leste ao oeste do nosso país, o povo simples eleva a Deus súplicas e lamentos; ações de graças e ofertas, através de homenagens singelas aos santos populares e em épocas específicas, como no tempo do Natal e dos Festejos Juninos.
Revendo a história, confirma-se que tais práticas foram trazidas e implantadas pelos colonizadores, principalmente pelos portugueses, espanhóis, franceses, mescladas pelas crenças africanas. É muito variado esse  tecido de crenças e de expressões místicas  que encantam e alegram todos os tipos de pessoas e classes sociais: congados, folias de reis, quadrilhas, fogaréu, festa do Divino, festa de Nossa Senhora do Rosário, Círio de Nazaré, as Pastorinhas e tantas outras mais.



Em junho, há um destaque especial para os  santos celebrados no Mês: Santo Antonio(13), São João Batista (24) e São Pedro e São Paulo (29). Independente das liturgias da Igreja Católica relembrando o testemunho de santidade dos  santos juninos, o povo também expressa sua fé simples, espontânea e pura, nas ruas campos e estradas, agradecendo a colheita farta, reacendendo  crenças e  superstições, celebrando a vida, provocando a alegria e a festa. É a sede de Deus que existe no coração de todas as pessoas que aflora no tempo junino. Quantos fatos miraculosos de Santo Antônio são relembrados! Fatos talvez jocosos, até. A vida austera de João Batista e a certeza que São Pedro tem as “chaves” que abrem ou fecham as portas do  céu... é ele  também que abre ou fecha  as torneiras  do céu para chover ou não... tudo relembrado e celebrado  na simplicidade,  com fogueiras, fogos, comidas típicas, trajes caipiras e danças. Expressões populares que provocam e  encantam,  alegram e   faz com que os “sonhos de um país mais justo, mais humano e mais ético” subam junto com os balões e fogos; queima-se a maldade nas fogueiras e o casamento volta a ser o selo das famílias tão queridas por Deus.
As Festas e Celebrações do mês de junho são irresistíveis e contribuem para a união das famílias e das várias classes sociais.
A religiosidade popular vem ao encontro do imaginário do povo e por isso, a Igreja, na sua sabedoria, participa, orienta e respeita.
Festa do Divo em Alvarães - AM

“É verdade que a fé, que se encarnou na cultura, pode ser aprofundada e penetrar, cada vez mais, na forma de viver de nossos povos”... “A piedade popular é imprescindível ponto de partida para conseguir que a fé do povo amadureça e se faça mais fecunda”.(Dap.nº 262).
Como discípulos(as) missionários(as), celebremos, com o povo, suas expressões de religiosidade e fé e assim estaremos colaborando para uma   convivência sem fronteiras  que é o sonho de Deus.
Irmã Marina Guilhermina de Oliveira- sdn