“Eu
ainda estava no ventre materno, e Javé me chamou; eu ainda estava nas entranhas
de minha mãe, e ele pronunciou o meu nome” Is 49,1.
Todas/os somos amadas e amados por
Deus. Ele nos criou por amor e infundiu sobre nós seu sopro de vida, para que
pudéssemos participar do seu mistério, sua grandeza divina! Somos, portanto,
nascidas/os das “entranhas” de Deus para viver neste mundo como filhas e
filhos.
Ao nosso redor, vejamos ou não, um
conjunto de beleza expressa em toda criação, se renova a cada instante: a harmonia das cores, os
alimentos com sabores diversificados, o ar que respiramos..., tudo é mistério! Em
cada obra criada, Deus se revela e confirma sua presença amorosa no meio de
nós. “Eu sou Javé seu Deus, o Santo de Israel,
o seu Salvador”. Is 43, 3a.
A grande tentação do ser humano em
toda sua história é não reconhecer esse Deus que nos busca continuamente. Mas,
Ele não se cansa com as nossas fraquezas. Ele nos perdoa e continua acreditando
em nossa capacidade para o amor. Para isso, nos criou. O que torna nossa vida pesada,
cansativa, vazia, infeliz, são as escolhas precipitadas que fazemos e não
castigo de Deus. Muitas vezes, nos enganamos quando escolhemos o que parece
mais fácil e nos damos mal. Nos falta paciência para um discernimento entre o
que buscamos e o que é necessário renunciar. “Nem tudo me convém”, diz São Paulo.
O Serviço de Animação Vocacional tem
por objetivo, criar condições suficientes nas paróquias ou em outros espaços,
para que a voz de Deus que chama, possa chegar com clareza aos ouvidos da
pessoa chamada. O objetivo deste acompanhamento é fazer com que a pessoa vá aos
poucos se conhecendo e identificando com clareza o chamado de Deus em sua vida.
Ele me chama a fazer a entrega da minha vida como?
A dinâmica da felicidade passa pelo
serviço. Nós nos realizamos como pessoa humana, quando nos colocamos a serviço
uns dos outros, promovendo a vida, gerando comunhão e testemunhando nossa fé.
Isto não significa viver de momentos de espiritualidade ou de solidariedade,
mas sim, a exemplo de Jesus, entregar a vida. Esta entrega se dá de forma livre
e gratuita na relação com Deus, com o próximo, com a natureza e consigo mesmo.
O prazer de viver uma vida saudável
e feliz, não tem forma definida e nem receita pronta. É uma busca contínua. Com
os erros e acertos aprendemos e ensinamos. Precisamos nos cuidar para que não
nos tornemos escravas/os das nossas dores, das nossas idéias, dos medos, enfim,
somente uma pessoa livre se torna capaz de correr riscos, encarar a vida como ela
é e, aos poucos, transformar em oportunidade de crescimento aquilo que se
apresenta como obstáculo. Pe. Júlio Maria dizia: “Faço das dificuldades trampolim para que eu vá mais alto ainda”! Contudo,
é possível viver e ser feliz!
Irmã Maria Aparecida Rosa - sdn
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