Sejam Bem Vidos!!!

A vida é presente de Deus! Cuidar bem dela é nosso dever. Dar sentido à vida é uma opção que cada pessoa faz. Este blogger apresenta para você oportunidades de conhecer nossa missão.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

O despojamento como a arte de viver bem em comunidade

                    



Nossa vida é um dom precioso que Deus nos deu. E para bem desenvolver este dom, é preciso vencer o individualismo, permitindo que haja diálogo, abertura, entrosamento, participação na vida de outras pessoas e, aos poucos, este dom vai se aperfeiçoando.
Este processo de reconhecimento e valorização da vida como dom exige de nós uma atitude de despojamento. Desde a infância, desenvolvemos uma tendência ao apego aos brinquedos, lugares, pessoas... Quando se trata de filha/o única/o, parece que esta tendência tende a ser mais acentuada, pois a criança vai crescendo sem aprender a partilhar seus brinquedos com outra criança. Ela entende que tudo e todas as atenções são para ela.
Se durante o desenvolvimento, esta criança não for orientada para a integração com o outro, vai se tornando uma pessoa adulta com dificuldade de trabalhar em grupo, de respeitar o outro, de lidar com os limites, com as frustrações etc.
Na vida familiar como também na vida religiosa consagrada, deparamos com este tipo de pessoa que têm dificuldade de se entregar por inteira ao outro ou a uma causa. Vive constantemente insegura, está sempre desconfiada e ameaçada pelos outros.

Tratando-se da vida religiosa consagrada, que tem a vida comunitária como um dos elementos básicos para desenvolver sua missão, é de grande importância que seus membros desenvolvam a arte do despojamento. O apego a objetos, idéias, lugares, pessoas etc nos aprisiona e ainda nos tira a alegria, a liberdade, a capacidade criativa, tornamo-nos pessoas impacientes e agressivas. E assim, sufocamos o dom precioso que recebemos da pura gratuidade de Deus.
           
“A pessoa madura não é alguém que basta a si mesmo, fechado em sua auto-suficiência. Ela reconhece que precisa dos outros, confia em quem está perto a ponto de estar disposta a colocar a sua vida nas mãos de um Outro e a se deixar limitar até pela fraqueza dos demais”. (Cencine).

A vida religiosa consagrada nos convida a transcender-nos em nossas atitudes desenvolvendo nossos talentos. O ciúme, a inveja, a falta de diálogo, o individualismo, a falta de amor e respeito, são dificuldades com as quais nos deparamos em nossa caminhada de vida consagrada. Elas, porém, não devem ser para nós empecilhos que nos separam do amor de Deus e do compromisso com os irmãos, sobretudo os mais necessitados, mas sim, sinais que nos apontam em que precisamos melhorar em vista de um bom desempenho para a missão.

Mesmo tendo consciência de que fazemos parte de uma sociedade que incentiva ao máximo de prazer e ao mínimo de sacrifício, não podemos negar que a nossa vida, dom de Deus, seja vivida em meio aos vários desafios: a insegurança, a instabilidade econômica e política, o desemprego, a violência, o relativismo... Mas, nem por isso podemos desanimar em nossa caminhada de fé, quando sofremos por uma Causa maior.
A grande arte de viver bem não está somente em uma vida romântica, sem chateações, desencontros, tristezas, mas também no sacrifício que fazemos para conviver de forma equilibrada com os fracassos, e sucessos presentes em nossa vida, como também nas pessoas que fazem parte da mesma comunidade, pois, a vida se tece de encantos e desencantos. Só nos sentimos realizadas/os no convívio com os outros. “Não existe amor maior do que dar a vida pelos amigos” (Jo 15,13).
Irmã Maria Aparecida Rosa - sdn


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