CASA DE ENCONTROS E
RETIRO – COQUEIRO D`ÁGUA - SANTA LUZIA, MG
Tema: Vida Religiosa Consagrada e Juventude
Assessora - Carmem Lúcia Teixeira - Socióloga, Mestra em
Ciências da Religião e Pesquisadora da Juventude - Goiânia, GO.
Para começo de
conversa:
1. Qual a sua pergunta existencial?
2. O que mais lhe incomodou/ incomoda na
VRC?
3. O que mais lhe motivou na VRC e o que
você aprendeu com isso?
Acostumamos idealizar os lugares e as pessoas. Isto não é bom
e nem realiza ninguém. A idealização nos impede de ver a realidade conforme ela
é. Ela não nos permite fazer mudanças.
Nosso jeito de tratar a juventude não pode ser idealizado.
Precisamos acompanhar a/o jovem a partir das suas perguntas e não a partir da
nossa idealização. Nossa missão na formação é provocar crescimento e isto “provoca
dor”, então nos tornamos provocadores.
O que as pessoas falam dos jovens? Qual é o conceito de
juventude?
O conceito que temos de juventude influencia na formação da/o
jovem. Precisamos formar para que a pessoa seja sujeito, protagonista da sua
vida. Fazer a travessia do “eu vim para ser servida/o” para a resposta de
“estou pronta/o para servir”. O horizonte é a missão e toda vocação é para uma
missão.
O dia foi muito dinâmico, proveitoso com estas e várias
outras reflexões e provocações suscitadas pelos grupos de trabalho.
VRC EM FORMAÇÃO:
DESAFIOS – PERSPECTIVAS – ESPERANÇAS
Assessor: Pe. Jaldemir
Vitório - SJ
Faculdade Jesuíta de
Filosofia e Teologia – FAJE, BH-MG
DESAFIOS
- Recuperar nossa identidade de
discípulos(as) missionários e centrar nossas vidas em Jesus e no
Evangelho.
- Viver em comunidade como
servidores(as) do Reino, em vista da missão (comunidade missionária).
- Abraçar a missão com o espírito
de consagrados(as), com a consciência de estar inserido(a) em um corpo
apostólico (missão comunitária).
- Deixar-se questionar pelo clamor
dos empobrecidos e sofredores, nos quais Jesus nos interpela.
- Viver com credibilidade nossa
condição de “sal da terra” – “luz do mundo” – “fermento na massa”.
PERSPECTIVAS
- Recuperar nossa identidade de
consagrados(as) na Igreja e na Sociedade.
- Viver a VRC com qualidade humana
e evangélica.
- Redescobrir nosso lugar
apostólico-missionário nos interiores, nas periferias, nas margens.
- Caminhar na contramão das
idolatrias que roubam nossas liberdades e nos incapacitam para o serviço
do Reino.
- Construir a nova figura histórica
da VRC cujo rosto seja a misericórdia e a comunhão.
ESPERANÇAS – (baseada na Carta do Papa Francisco sobre o
Ano da Vida Consagrada).
- Ser “peritos em comunhão” e
cultivar a “espiritualidade da comunhão”, a “mística do viver juntos”, a
“mística do encontro”.
Peritas = conhecer a fundo.
Desenvolver a mística do perdão, do diálogo, do cuidado com o outro, do viver
junto...
- “Despertar o mundo” com a nossa
profecia. “Um religioso não deve jamais renunciar a profecia”.
Ajudar as pessoas que cultivam o ódio
a passar para o processo do perdão.
- Sair de nós mesmos “para ir às
periferias existenciais”, onde a humanidade sofredora nos espera.
- Ser criativos na caridade, abrindo caminho “para levar o sopro do evangelho às culturas e aos setores sociais mais diversos”, inspirados por nossos(as) fundadores(as).
Na noite do segundo dia, fizemos uma
caminhada luminosa destacando os três elementos: Luz, Sal e Fermento. No primeiro
ponto, onde nos reunimos, destacamos a comunidade religiosa, chamada a ser luz
no mundo.
Segunda parada. O sal conserva e dá
sabor. Cada pessoa recebeu uma pitada de sal e fomos motivadas/os a pensar numa
pergunta: tenho dado sabor à missão e a minha vida? Continuamos a caminhada cantando
e rezando sob o clarão das estrelas, da lua e das nossas velas acesas...
Terceira e última parada. O fermento.
Cada trio recebeu papel e caneta para deixar registrado o compromisso que
assumiria como fermento até o próximo encontro. Encerramos este momento
voltando nosso olhar para as luzes da cidade, que ali representava toda
imensidão, onde somos chamadas/os a iluminar, dar sabor e tornar as pessoas
protagonistas/fermento.
Irmã Maria Aparecida Rosa - sdn
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