22 A 26 DE
OUTUBRO DE 2015
TEMA: O
ENCONTRO QUE FAZ ARDER OCORAÇÃO
LEMA: ELE OS ALCANÇOU E SE PÔS A CAMINHAR
COM ELES (Lc 24,15)
Este Seminário
é uma organização da CRB Nacional e reuniu cerca de 150 formadoras/es de várias
Regiões do Brasil. Tempo oportuno para que cada pessoa pudesse se dedicar à sua
própria formação pessoal para melhor
servir em sua missão de formar novas/os Religiosas/os.
Fomos
acolhidas/os pela Irmã Maria Inês, Presidente Nacional da CRB: “Que o Seminário
seja para você este momento forte de reabastecimento pessoal que o/a levará,
naturalmente, à missão formadora, mais fortalecido e agradecido ao Senhor que o
escolheu! Ele não ‘chama os capacitados, mas capacita os escolhidos’”!
Na quinta
feira, dia 22, tivemos a assessoria do padre Shige Nakanose - verbita. Ele trabalhou a
questão da formação no contexto da Comunidade do Evangelho de Lucas. Dizia ele:
"a formação não pode se dar de maneira isolada como uma ilha, mas inserida
na comunidade, na missão. Forma-se para
a missão. Precisamos estar inseridos na realidade, onde Jesus se coloca no meio
de nós. A Vida Religiosa Consagrada precisa estar sempre aberta aos irmãos e
irmãs que sofrem". Ele ainda dizia que as formandas/os aprendem mais com
as nossas “costas”, ou seja, o testemunho. Em sua colocação ficou claro que
pelo dom da escuta, este serviço que prestamos no dia a dia nas
casas de formação, potencializamos o nosso falar e o nosso agir.
Irmã Annette
Havenne, Congregação de Santa Maria, nos ajudou com o tema: Experiência Mistagógica
na Formação. Deu um enfoque também nas palavras: Liderança, Autoridade e Poder.
Ela dizia que
a mistagogia é um modo de acompanhar pessoas com cuidado. Foi assim a pedagogia
de Jesus ao formar suas e seus discípulas e discípulos. O Projeto de Jesus nos convoca a fazermos
travessias e não nos acomodarmos em nossa zona de conforto. Dizia a assessora: “A
nossa experiência de Deus é um elemento essencial para a formação”, e ainda nos
questionou: “sua formação pessoal vem de fora para dentro ou de dentro para
fora? Aqui nascem as convicções e elas se transformam em atitudes. Não podemos incutir
valores intelectualmente, mas sim, com a própria vida”.
Para Irmã
Annette, o lugar onde a formação deve estar inserida, não deve ser entendida somente
no sentido de missão exercida como 'modo
de fazer um trabalho', mas no 'modo de fazer cuidado' - parafraseando
Boff. Ela deixou claro que o mais importante em uma comunidade de formação inserida,
não é tanto o que as pessoas fazem, mas o seu testemunho. Pessoas que juntas
vivem o Evangelho de Jesus. Este é o objetivo da formação, pelo nosso
testemunho despertar nas jovens e nos jovens o interesse pelos valores da VRC,
que os tornam capazes de entregar sua própria vida a serviço do Reino de Deus.
Irmã Annette
continua dizendo que a formadora, o formador deverá ser uma pessoa aberta ao
diálogo, atenta aos sinais dos tempos,
disposta para acolher a/o jovem e caminhar junto, aprender com elas/eles...,
deverá ser uma pessoa APAIXONADA pela VRC.
Acredito que
toda formadora e formador deverá ser essa pessoa aberta em primeiro lugar à
formação de si mesmo, pois somente quem se deixa formar e entra na dinâmica do
processo formativo é capaz de transmitir com seu próprio testemunho e sua
própria vida, o valor de formar e deixar-se formar.
Reflexão da Irmã Annette em relação aos conceitos de Liderança, Poder
e Autoridade.
Liderança – é a capacidade que uma pessoa tem de animar, envolver outras,
ajudando-as a se organizar para alcançar juntas uma meta, realizar um projeto,
uma missão comum. A liderança é por natureza, participativa, circular. Ela faz
parte do potencial de uma pessoa e pode ser desenvolvida e também, bem ou mal
utilizada.
Poder – é a
delegação que um grupo confia a uma ou a algumas pessoas, por um tempo
determinado, encarregando-as de conduzir o grupo. Esse poder pode ser exercido
como um serviço ao grupo ou como um busca de interesses pessoais.
Autoridade – é uma
qualidade que emana da pessoa quando ela é coerente, pensa, diz, age e
testemunha, exerce a liderança, o poder de modo autêntico e transparente. É um dom que
se cultiva. Não se perde autoridade ao deixar uma função.
Lideramos pessoas;
Exercemos poder sobre projetos, coisas, processos; Testemunhamos autoridade por
nosso modo de liderar e exercer o poder.
Este
seminário contribuiu muito para que nós, formadoras/es pudéssemos trocar experiências, rever nossas convicções
em relação à formação, a metodologia do acompanhamento, a necessidade de nos colocarmos
em um processo de formação contínua.
Irmã Maria Aparecida Rosa, sdn
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