Palavra semeada... terrenos diversos...
Colheitas incertas... O terreno vai
respondendo de acordo com suas características.
Voltando um pouco no tempo, nos damos conta de
quando fomos enamorados/as com essa Palavra! Coração ardia de alegria, olhos
brilharam como quando se encontra um tesouro!
A Palavra libertadora se fez carne no meio de
nós. Essa Palavra - ‘Carne’ experimentou desde cedo a rejeição, a migração, a perseguição,
a condenação, a morte e a VITÓRIA! Seu nome é JESUS. Sua experiência humana lhe
ensinou e ajudou acolher com todo o coração, ternura e misericórdia as pessoas
que experimentaram o vivido por Ele. E todos/as que alcançaram seu olhar,
tiveram suas vidas contagiadas e transformadas por seu amor!
Dos vários encontros libertadores que as
pessoas tiveram com Jesus, este texto de Marcos, mostra-nos esta mulher que fez
a experiência de ser olhada, acolhida e amada por esse Bem Maior. Não sabemos o
seu nome, mas sim, que ela era de Betânia e que tinha “um frasco de alabastro
cheio de perfume de nardo puro e caríssimo;” (Mc 14,3b), no valor estimado de trezentos
denários. Vejamos alguns valores para percebermos o quanto valia o perfume que
esta mulher guardava! No relato dos trabalhadores da vinha, o proprietário
combina com os operários, um denário por dia (Mt 20,1-16); o bom samaritano
deixa dois denários com o hospedeiro para cuidar do homem ferido (Lc 10,35);
antes da multiplicação dos pães, os discípulos mencionam duzentos denários para
alimentar os cinco mil homens (Mc 6,37-44).
Concluímos que, trezentos denários era um grande valor!
Entrando na casa de Simão, sem se importar com
os comensais e seus comentários, a mulher de Betânia, tomada de uma leveza
interior, se dirige a Jesus e sem nenhuma palavra derrama seu perfume sobre
Ele! O gesto falou por si. O perfume estava reservado para uma ocasião
especial, e para a mulher, esse era o momento certo e Jesus, a pessoa
merecedora desse perfume, pois, ela havia encontrado o Absoluto de sua vida.
Sua atitude fora dos padrões observados e
seguidos pelo povo da sua aldeia, causou indignação e desconforto para os
presentes no jantar. Houve repreensão e censura dos mesmos, pelo desperdício do
perfume, que se vendido, ajudaria muitos pobres.
Jesus a defende, a acolhe e valoriza
seu gesto. Elogia e reconhece que ela fez o que pôde, dando-lhe o que tinha de
mais caro. "Deixem-na em paz", disse Jesus. Ela praticou uma
boa ação para comigo. Pois os pobres vocês sempre terão consigo, e poderão
ajudá-los sempre que o desejarem. Mas a mim vocês nem sempre terão Mc 14, 6-7.
E afirmou que onde e quando o seu Evangelho
for proclamado o que ela fez será lembrado.
Irmã Creuza Elena da Silva, sdn
Comunidade Madre Beatriz – BH.
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