Enquanto
muitas/os peregrinas/os buscaram cultivar sua espiritualidade junto ao Papa
Francisco, e aos vários peregrinos do mundo inteiro, no Rio de Janeiro, nós, um
grupo de quase 30 Religiosas e uma Leiga, buscamos outra forma de alimentar
nossa espiritualidade.
Nossa
peregrinação foi até Miguel Pereira, RJ. Um lugar que proporciona uma
verdadeira experiência de oração e contemplação de Deus que se revela também na
natureza. As Irmãs Servas da Santíssima Trindade realizam ali a bonita missão
de acolher e ajudar as pessoas a resgatar suas energias, silenciar o coração,
refazer suas forças...
Irmã
Gelza, desta mesma Congregação, foi quem orientou o retiro nos dias 24 a 31 de
julho, com o tema: Peregrinas da
Ressurreição.
No
primeiro dia ela nos acolheu com esta reflexão profunda: “Nós somos, em Jesus Ressuscitado,
o lugar teológico, onde Deus se comunica, resgata e integra. Ele é peregrino em
nossa direção. Silenciemos nosso coração: ele está onde está o nosso tesouro.
Silenciemos nosso corpo: ele é a casa, lugar de novas relações, mesa da
acolhida da Palavra e do Pão. Silenciemos nossos ouvidos: eles ouvem o silêncio
para que possamos ouvir a voz que está na essência de todas as coisas.
Silenciemos nosso olhar: porta aberta para ver o interior da vida, manifestação
da presença divina derramada na nova criação. Silenciemos!
Como
peregrinas da ressurreição, somos chamadas ao deserto profético, experiência do
Deus exodal. Ele vem para convergir nossa peregrinação em direção à Fonte. Ele
chega dando vigor aos nossos pés cansados”.
Nossa
peregrinação foi aos poucos acontecendo entre várias outras reflexões, momentos
celebrativos com tanta criatividade, partilha de vida, silêncio, experiência de
Deus e oração contínua pela Jornada Mundial da Juventude. Um tempo de graça!
A
vida nos coloca sempre em uma atitude de escolha entre coisas boas. Quem esteve
na JMJ, com certeza, pode dizer como Maria Madalena: “Eu vi o Senhor”! Também nós, na experiência que fizemos no retiro,
podemos dizer o mesmo: “Nós vimos o Senhor”!
Tanto
numa experiência como na outra, acredito que ecoa dentro de nós a Palavra de
Jesus: “Vão e façam com que todos os
povos se tornem meus discípulos” (Mt 28,19). Quem se apaixona por uma causa
não se deixa aprisionar pelos obstáculos. Nem chuva fria, nem distância, nem
medo, nem preconceito, em fim, o amor é como um trampolim que nos lança para o
alto.
Irmã Maria Aparecida Rosa - sdn
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