A missão de Jesus foi na linha do Servo Sofredor (Is 42, 1-8), do
serviço, da entrega da vida. Lembremos
aqui de nosso lema: “Amor e Sacrifício”
Por ele somos convidadas a seguir Jesus, na entrega da vida, no amor que se
doa.
Pão e Vinho, sinal da totalidade,
síntese de toda a vida de Jesus. A
Eucaristia é o segue - me de Jesus até o fim, dentro da vontade do Pai. Acontece
depois de dois grandes sinais de Jesus: O Lava-Pés e o Mandamento Novo
(Jo 13, 34-35; 15, 12-17). No amor os discípulos serão reconhecidos e se
tornarão Boa Notícia do Reino. A comunhão é a expressão mais forte do
amor.
Hora do Amor que se
entrega
- Diz o texto de Lucas: “Quando chegou a hora, Ele se pôs à
mesa.” (Lc
22, 14-20) Hora de manifestar o seu amor por nós ao extremo. Hora de antecipar
a entrega da vida na Cruz, pela entrega da vida no Pão. Por isso vai expressar
seu sentimento mais profundo: “Desejei ardentemente comer com vocês
esta Páscoa, antes de sofrer...” Hora de realizar o ato
supremo do seu amor: “Isto é o meu corpo que é dado por
vós. Fazei isto em memória de Mim.” “Este cálice é a Nova
Aliança, em meu sangue, que vai ser derramado.” Com estas
palavras Jesus sinaliza que a Antiga
Aliança, compromisso de Javé como povo de Israel, (Ex 24,1-8) era figura desta:
A Nova Aliança, que Ele agora sela
plenamente, entregando sua vida no Pão e na Cruz. O texto diz que Moisés mandou
jovens imolar novilhos a Javé, como sacrifício de comunhão. É significativa a
expressão, porque afirma que no sacrifício, sinal da Aliança, o povo e Deus
fizeram comunhão. Agora o “sacrifício de comunhão” é a Nova Aliança no
sangue de Jesus, que vai ser derramado e que neste gesto eucarístico é
oferecido à 1ª comunidade cristã, que ali representava a todos nós.
Vivei
como eu vivi – O “fazei isto” de Jesus não é só para
os padres consagrarem, é para todos nós cristãos; para nós mulheres
consagradas, que doamos a vida pelo Reino. “Fazei isto” = vivei como Eu vivi... É a missão-serviço; é a
entrega da vida, para que haja fraternidade, comunhão e todos vivam como irmãs/os
e filhas/os de Deus. Não é este o desejo de Jesus? “A fim de que todos sejam um como tu, Pai, estás em mim e Eu em
ti” (Jo 17,
21).
No gasto de nossas energias na missão, estamos dizendo: - eis o
meu corpo, minha vida que é doada por vocês, minhas irmãs, meus irmãos. É o nosso ministério eucarístico. Nós,
mulheres temos a vocação de gerar e dar vida, como a Igreja tem a missão de gerar e dar mais vida aos
seus filhos. A Eucaristia aprofunda, clareia, fortalece e dá novo sentido a
nossa vocação de maternidade, como consagradas.
Ceia própria e Ceia do
Senhor. A exigência de viver a Eucaristia levou Paulo
a escrever aos Coríntios e falar tão duramente sobre o comportamento dos que
participavam da Eucaristia. Paulo chama a atenção para as duas ceias: Ceia
própria e Ceia do Senhor. Na Ceia própria, domina o individualismo, a divisão,
a desigualdade: ricos x pobres com fome; egoísmo e insensibilidade, embriaguês,
falta de vida, injustiça. A Ceia do Senhor é o oposto: lugar do senso
comunitário, onde há partilha, igualdade, serviço fraterno, solidariedade,
participação, união, comunhão no Pão e na Vida, compromisso com o pobre.
Agradeçamos
a Deus, porque buscamos viver de acordo a Ceia do Senhor. Que Ele nos ajude a
sermos coerentes.
Na minha missão vivo o “isto” é o meu
corpo, que é dado por vocês?
Sou sinal de comunhão neste mundo de
desigualdade, injustiça?
Textos: Lc 22, 14 - 20; Jo 13, 34 - 35; 15, 12 - 17;
ICor 11, 17-34; Sl 16
Irmã zely de Paula - sdn
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