COMUNIDADE MADRE BEATRIZ
– 14/09/2014
Queridas
Irmãs, irmãos, amigas e amigos, Missionárias/os Leigas/os Sacramentinas/os, Funcionárias/os
desta casa, Frei Lázaro (Capuchinho), sejamos todas/os bem vindos!
A festa da “exaltação da Santa Cruz” nos des-vela
o verdadeiro rosto do Deus de Jesus: rosto feito de amor e não de ira; de
vulnerabilidade e não de distância; de perdão e não de castigo; de benção e não
de maldição. Junto à festa da exaltação da Santa Cruz – fonte da salvação para a
humanidade - trazemos no coração, muitos louvores:
a 25 anos da Fundação desta Casa – Sonhada
e desejada por nossa querida Fundadora Madre Beatriz. Em sua homenagem foi dado
o nome – Casa Madre Beatriz.
a 25 anos de Consagração da Irmã
Donária – Rendemos graças a Deus por sua fidelidade e doação a muitos irmãos e
irmãs, em especial, na área da saúde.
a 25 anos de trabalho permanente da 1ª
funcionária desta casa – Nossa querida Mª Geralda.
a 70 anos de
Consagração da Irmã Helita – Só quem se deixou amar plenamente pelo Senhor pode
dizer o que vamos ouvir agora: “Minha meta
de conquista é o Cristo – Ele mesmo, vida de minha vida”. “O caminho que o bom Deus
me traçou foi este, disto estou plenamente convicta”... “Provei as minhas
forças e sendo tão fraquinhas, resolvi apoiar-me na Mãe da Divina Fortaleza... Aqui
quero viver e morrer como uma verdadeira Sacramentina, para a maior glória de Jesus e
de Maria!”
a 101 anos de vida da Irmã Odete – Que
tesouro esta comunidade possui!
a Entre nós está Irmã Andréia, que há
25 anos, como Ecônoma Geral, não mediu esforços para a concretização das
reformas e organização desta casa, para bem receber as Irmãs. Irmã Andréia,
nossa gratidão, por seu empenho, doação e trabalho.
Estão em festa os nossos corações, pois aqui se manifesta a vontade do
Senhor!
Liturgia da Palavra: Por seu amor, Deus nos garante a
salvação e sua presença nos momentos de dificuldades. Seu maior gesto de amor
consistiu no envio do próprio filho, nosso Senhor, que não recusou a cruz por
fidelidade ao Pai.
1ª leit. Números 21, 4-9
Salmo – 77/78
2ª Leit. Fil. 2, 6-11
Evangelho - João 3,13-17
FRAGMENTOS DA HISTÓRIA DESTA COMUNIDADE
Esta casa tem uma
história, que remonta de sua idealização pela Madre Beatriz e do pedido da 1ª
Assembleia Sacramentina, pedido esse, reforçado nos encontros da Congregação. As
Irmãs trocaram idéias sobre o local, surgindo várias sugestões. A escolha, por
unanimidade, recaiu sobre o Bairro Vera Cruz, aproveitando o prédio do
Educandário Coração Eucarístico.
Apesar de todo o
entusiasmo e euforia, o tempo foi passando...
O governo Geral lutava
para reaver o prédio do Educandário, que estava alugado para o estado, por
preço irrisório. A Congregação se pôs a rezar, pedindo ao bom São José e a
Divina Providência que liberasse o prédio. E as preces foram ouvidas.
Recebemos as chaves no dia 05 de fevereiro de
1988. Para a reforma do “Coleginho” o
Economato Geral da Congregação contava com CR$ 3.854,76 (três mil oitocentos e
cinqüenta e quatros cruzados novos e setenta e seis centavos).
Durante sete anos a Irmã
Anela, residente na Alemanha ajuntou os marcos do seu salário de enfermeira.
Ela e Ermengarda, sua irmã ao visitarem o Brasil, entregaram à Sup. Geral, Irmã
Zely de Paula, 40.000 marcos alemães, que, revertidos em cruzados deram CR$
4.240,00 (quatro mil duzentos e quarenta cruzados novos).
Confiante na Divina
Providencia e contando com esse capital, a Congregação resolveu iniciar a
reforma do Educandário Coração Eucarístico.
Com a coragem de
sempre, Irmã Andréia Grillo iniciou o trabalho, no dia 29 de junho de 1988. De
todas as construções e reformas que realizou nestes doze anos como responsável
pelas finanças da Congregação, a reforma do “Coleginho” foi a que mais a
entusiasmou por causa da finalidade: ser o lar acolhedor das colunas da
Congregação, as primeiras Irmãs a envelhecerem.
A inflação deu um tombo galopante em todo o país.
Surge o cruzado novo e a moeda brasileira passa por uma grande desvalorização.
Como toda família brasileira, a família
sacramentina sofreu as conseqüências dessa situação. O sofrimento atingiu de
perto a Irmã Andréia. Por várias vezes o dinheiro chega ao fim. O sofrimento
das Irmãs do Governo Geral foi grande. E os pedidos ao bom José e à Divina
Providência se tornaram mais insistentes.
Incalculáveis as dificuldades, os apelos feitos às
várias residências da Congregação, pedindo recursos para continuar a obra, que
estava num ponto em que interromper significava grandes prejuízos. E as
comunidades atenderam, enviando tudo que podiam.
No dia 11, trouxeram da Casa Central as Irmãs
Cecília Silva e Ângela Menezes, idosas e doentes que lá estavam em tratamento.
De Manhumirim, as Irmãs Antonina, Angelina, Mônica, Marta e Petronília.
A bênção da Casa foi dada no dia 13 pelo Pe. Léo,
Vigário da Paróquia Santa Cruz. E no dia 14, Frei Luiz Eustáquio, Provincial
dos Capuchinhos, celebrou a primeira missa, atos que significaram a ereção da
Comunidade.
No dia 15, as Irmãs Zely e Saudalita fizeram a
primeira reunião com as Irmãs idosas, a fim de perceberem como se sentiam na
nova residência.
Numa conversa informal, as Irmãs começaram a
expressar o que sentiam. Irmã Angelina
disse: “Tudo aqui é maravilhoso. Não podia ser melhor. Não quis me despedir de
ninguém em Manhumirim, porque, se eu chorasse, podiam pensar que eu não estava
contente. Estou!” Irmã Petronília bastante eufórica dizia: “Quando a gente veio,
senti a presença da Madre Beatriz. Ela está comandando tudo, está dentro.
Trouxemos nossa mãe. Hoje eu me sinto como aquela menina de quatorze anos.
Queria que todas as Irmãs experimentassem o que eu estou sentindo. Lembro-me
hoje da minha chegada no convento: aquela menina levada, mais que sentia o carinho
de nossa mãe. Estar aqui na Casa Madre Beatriz é graça demais. Quero dizer isto
a toda Congregação”. Irmã Cecília: “Estamos contentes com tudo. O que mais admiro é o trabalho das Irmãs do
Governo Geral, que se colocam de tal modo, que a gente não sente distância.
Sente paz e segurança. É preciso escrever como surgiu a idéia da Casa Madre Beatriz,
que surgiu certa, na hora certa. Lembro-me de nossa mãe, que preocupada com as
Irmãs Joana e Madalena, se expressou assim: “Tenho pena de as Irmãs mais velhas
irem para o hospital. “Precisamos tanto de um lugar para as Irmãs doentes...” Foi
esta a primeira vez que vi nossa mãe falar dessa preocupação. Estou rezando
pelas Irmãs que não vieram. “Aqui tudo é favorável: capela, refeitório,
corredores amplos, repito, esta casa saiu na hora certa”. Mônica:
“Estou achando aqui tudo muito bom. A nossa vida estava sendo preocupação
para o Governo Geral, por isso eu queria vir o quanto antes. Hoje, parece-me
ver a Madre Beatriz no pé da escada, no dia em que cheguei para o convento.
Padre Júlio Maria e as Irmãs Clotilde Leite e Aline primeira foram me receber e
nossa mãe chamou a Irmã Angélica para receber mais uma filha. Nossa mãe tinha
muito cuidado comigo. Logo que cheguei, ela chamou a Irmã Anela para me aplicar
umas injeções fortificantes, que ela havia ganho para si. Todos os dias, na
hora certa, Irmã Anela estava lá”.
Pela partilha das Irmãs, foi constatado que todas
se sentiam muito felizes, seguras e alegres por terem uma casa tão maravilhosa
no entardecer da vida. Estavam contentes pelos momentos agradáveis na oração
comunitária e bastante tempo para a oração pessoal.
Irmã Solange Pereira
Barros, sdn
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