Aproximadamente
2 mil e 200 Religiosas e Religiosos de todas as regiões do Brasil e alguns
países da América Latina, iniciaram na tarde da terça-feira, 07 de abril 2015, no
Centro de Eventos Padre Vitor Coelho, em Aparecida (SP), o Congresso
Nacional da Vida Consagrada.
Tema “Assumir o Núcleo Identitário da
Vida Consagrada: Atitude Profética, Processo Mistagógico”.
Lema “Não
ardia o nosso coração quando Ele nos falava pelo caminho? (Lc 24,32)”, à luz do tema do Ano
da Vida Consagrada proposto pelo Papa Francisco, “Vida Consagrada na Igreja
hoje: Evangelho, Profecia e Esperança”.
Da nossa
Congregação éramos nove Irmãs participantes: Ana
Maria, Aparecida Silva, Cacilda, Cidinha, Creuza, Maria Lopes, Penha, Sebastiana
e Zely. Um tempo de graça! Não podemos deixar que toda experiência vivenciada
nestes dias, termine com o encerramento do Congresso, mas sim, recuperar a
mística do encontro todos os dias em nossas Comunidades. Recriar o nosso
cotidiano com a energia recebida lá, através dos momentos orantes, das palestras,
Celebrações Eucarísticas, encontro com as pessoas queridas... Tudo estava tão
bonito que me parecia o céu pelo “avesso”!
Destaco algumas frases provocativas de vários assessoras/es: O que nos atraiu aqui para este Congresso? Fomos alcançados e
transformados por Cristo. Gostamos do que somos e amamos o que fazemos. Os
discípulos ficaram tristes não porque tinham perdido o amigo, mas por terem
perdido a esperança.
Precisamos
nos adentrar no mistério que existe dentro de nós e em nossas Comunidades. O
que está em jogo não é a VRC, mas o próprio sentido da vida. Que valores temos para
passar as novas gerações. A VRC ainda vale a pena? Quando? Quando vivemos para
restituir o sentido da vida.
Será
que a experiência de Deus está no centro das nossas escolhas? A VRC ainda é
mística? Leis e ritos não sustentam mais.
Pensemos
em quatro perguntas existenciais:
1. Quem sou eu?
2. De onde vim?
3. Para onde vou?
4. O que vou comer? Isto é uma mística
encarnada, pois somos pessoas humanas.
Quem sabe o porquê, INVENTA UM
NOVO COMO?
Sete
palavras simples que Jesus utilizou para ensinar: Semente, Joio, Mostarda, Fermento,
Tesouro, Pérola e Rede. Os sinais de Deus são pequenos, assim como estes que
Jesus utilizava em seus ensinamentos.
Exemplo
de uma destas palavras: o fermento – “O
Reino do céu é como o fermento que uma mulher pega e mistura com três porções
de farinha, até que tudo fique fermentado” (Mt 13,33). A mulher é uma pessoa dinamizadora do
Reino. Ela permite a energia de Deus acontecer. Ela coloca a vida e a esperança
no cotidiano. Fermento escondido na massa. Força de fecundidade escondida que
continuamente gerando a vida. O cheiro do pão assado desperta o apetite. E a
VRC desperta o quê?
No caminho, Jesus contava as parábolas. Na
casa, Ele explicava as parábolas e
as palavras se tornavam gestos. No seu cotidiano, você faz a experiência de
Deus?
MISTAGOGIA
Dentro
de nós há um chamado que precisamos abraçar e lutar por ele. Deus toma a
iniciativa de nos conduzir pelo mistério. Aprender através do mistério. Ajudar
a pessoa a decodificar, ler, entender os sinais de Deus que já estão nela. “Nós
nos tornamos n’Aquele que contemplamos”.
O
mistério se compreende numa experiência, e ainda, quando nosso horizonte é
largo, isto nos possibilita no reposicionamento frente aos desafios.
Intolerância
e busca de paz. Quais são minhas dificuldades para ser tolerante?
No
deserto, Elias faz a experiência de se animar, sair da sua depressão. Seu
discurso e a prática não se encontram. A brisa leve obriga a Elias a se
posicionar. E a VRC?
O que
na VRC não nos ajuda mais a fazer a experiência de Deus? Como devolver à VRC o
encanto?
Não
podemos colocar nossas forças nos números, mas sim na esperança. Uma vocação é
um grande sinal que Deus continua chamando.
Diz o
Papa Francisco: “Não nos deixemos roubar o entusiasmo missionário!” Segue um
trecho de sua Exortação Apostólica – Evangelii Gaudium, onde se manifesta sua preocupação.
“Para
quantos estão feridos por antigas divisões, resulta difícil aceitar que os
exortemos ao perdão e à reconciliação, porque pensam que ignoramos a sua dor ou
pretendemos fazer-lhes perder a memória e os ideais. Mas, se virem o testemunho
de comunidades autenticamente fraternas e reconciliadas, isso é sempre uma luz
que atrai. Por isso me dói muito comprovar como em algumas comunidades cristãs,
e mesmo entre pessoas consagradas, se dá espaço a várias formas de ódio,
divisão, calúnia, difamação, vingança, ciúme, a desejos de impor as próprias
ideias a todo o custo, e até perseguições que parecem uma implacável caça às bruxas.
Quem queremos evangelizar com estes comportamentos?” (EG 100).
Neste
ano dedicado à Vida Consagrada, com certeza, em nossas Regionais da CRB, nas
Congregações, pessoalmente, teremos várias outras oportunidades para a
continuidade destas e outras reflexões iniciadas neste Congresso. Que a Mãe
Maria, nos ensine à escuta atenta ao que o Filho Jesus, nos disser.
Irmã Maria Aparecida Rosa, sdn
Nossa missão é ser Sinal do Cristo Ressuscitado no mundo e para o mundo. Acredito na VRC e na sua força. Sei que esse Seminário reacendeu as chamas do primeiro chamado, do primeiro amor.
ResponderExcluirParabéns Cidinha pelo artigo e por sua seriedade com a VRC. Com as bênçãos da Mãe Aparecida.
Permanece conosco Senhor, ô ô permanece conosco Senhor! Creio que esse mantra deve está no coração da VRC. Pois Emaús é o lugar que devemos visitar sempre, pedido ao Senhor que perma aneça conosco. PARABÉNS Cidinha! Gostei muito do artigo, o Congresso Nacional da Vida Religiosa é um despertar para um maior compromisso com a missão de ser SAL, e LUZ. Levando para todos a ALEGRIA DO EVANGELHO. Saudações.
ResponderExcluirMuita emoção, ao ver rostos tão familiares e queridos: Ir. Ruth, Ir. Assunção (minha primeira professora), Ir. Penha...
ResponderExcluirQuanta saudade desta convivência! Quanta saudade desta Casa...
Muito tenho que agradecer: a acolhida, o crescimento, a amizade...
Foram 21 anos de São José, como professora e os mais felizes de minha vida.
Obrigada, sempre! Pela minha formação enquanto profissional, pela formação de meus filhos.
Serei sempre, uma Educadora Sacramentina.
Um beijo carinhoso, em cada uma de vcs.