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sexta-feira, 24 de abril de 2015

A VIVÊNCIA DA EUCARISTIA E SEU DESMEMBRAMENTO NO COTIDIANO.


Estudo com a Irmã Ione Buyst, Monja Beneditina Olivetana, doutora em liturgia.
Irmã Ione esteve conosco nos dias 19 e 20, p.p., como este tema é muito amplo, ela centrou seu trabalho de reflexão e experiências, nas Orações Eucarísticas II e III e no Ofício Divino das Comunidades.  Para ela, a Oração Eucarística mais que oração é uma grande Ação Litúrgica.
Disse a assessora: a oração eucarística tem uma estrutura com os seguintes elementos: o diálogo inicial entre quem preside e a assembléia: O Senhor esteja convosco... Corações ao alto... Demos graças ao Senhor nosso Deus. O prefácio, apresentando os motivos da ação de graças, terminando com o canto do “Santo...” A epíclese (invocação do Espírito Santo) sobre o pão e o vinho). Narrativa da instituição. Anamnese (memorial) e ablação (oferta) A epíclese (invocação do Espírito Santo) sobre a comunidade. As intercessões a Doxologia e o Amém final. A Oração Eucarística deve ser entendida e vivida espiritualmente como um todo. Seu núcleo central é a Ação de Graças dirigida em adoração ao Pai e não a presença real de Cristo na Eucaristia. Agradecemos ao Pai pelo envio do seu Filho para nossa salvação.
Enquanto Irmã Ione fazia sua exposição, fiz algumas anotações e partilho com vocês frases que construí a partir da reflexão dela e muitas frases dela mesma, e estas poderão ser encontradas nos livros escritos por ela e em alguns Documentos da Igreja sobre liturgia. Citarei no fim do texto.
Comungar é se prontificar a continuar a missão de Jesus. Em nós Ele não é o fim, mas a prontidão para a missão. Estar na fila da comunhão é anunciar publicamente seu desejo de assumir o mesmo Projeto que Jesus assumiu.
Irmãs: Maria Lopes (de branco) enviada em missão para Alvarães, AM
  Sebastiana enviada em missão para Luanda - Angola, África

A escuta da Palavra, além de fazer memória da presença de Deus na história de seu povo, ela nos transforma. A Palavra recebida com fé penetra o coração humano e, provoca atitudes de conversão. Ela vai aos pouco nos transformando.  Assim, a presença de Cristo nos transforma, pois Ele está presente tanto na Palavra quanto na Eucaristia.
Aclamação memorial – Eucaristia Sacramento Pascal. - Eis o mistério da fé! Anunciamos a morte do Senhor, até que ele venha. O termo “anunciar”: não se trata de um anúncio missionário, mas de um anúncio litúrgico com palavras e gestos (comer do pão, beber do cálice), feito na comunidade.
Até que ele venha! Anunciamos a morte daquele que amou até o fim, a  ponto de dar a vida por causa do Reino. Anunciamos, portanto, sua morte salvadora, sua vitória sobre a morte pela ressurreição (glorificação) e a chegada do Reino a partir disso... tensão escatológica, esperança de um mundo renovado.
   A expressão Mistério da fé encontra-se em 1Tm 3,9 e é como uma síntese do mistério redentor. O mistério da fé é a ceia eucarística, memorial da morte e ressurreição do Senhor, até sua volta. É celebração do mistério pascal, que engloba a paixão, morte, ressurreição, ascensão e demais dimensões do único mistério pascal de Cristo.
                Muitas pessoas têm uma compreensão um tanto mágica da ‘consagração’; aguardam com ansiedade e muita devoção o momento da transformação do pão e do vinho no Corpo e Sangue do Senhor Jesus. Restringem sua atenção a este momento. Esperam pelo momento da comunhão. Não acompanham a ação eucarística como um todo.
                 Muitos entendem que a palavra ‘Eis o mistério da fé’ diz respeito unicamente à transformação do pão e do vinho no Corpo e Sangue de nosso Senhor Jesus Cristo. Será necessário chamar a atenção para a resposta que damos a esta palavra. O mistério da fé que celebramos na eucaristia é o mistério pascal da morte e ressurreição do Senhor Jesus, atuante na realidade pessoal e social.
                  A palavra de Jesus ‘Façam isto em memória de mim’, não pode ser entendida como uma simples lembrança de sua pessoa, mas deve ganhar a densidade bíblica e teológica de um ‘memorial’, uma ação simbólica, ritual, sacramental, que permite nos tornarmos participantes da páscoa de Cristo. Ele nos faz passar, juntamente com Ele, da morte para a vida.

O mistério pascal aponta ainda para a dimensão cósmica da Eucaristia: “...a Eucaristia é sempre celebrada sobre o altar do mundo. Une o céu e a terra. Abraça e impregna toda a criação (...) este é o ‘mysterium fidei’ que se realiza na Eucaristia: o mundo saído das mãos de Deus Criador volta a ele redimido por Cristo.” (JPII, EcclEuc, n. 8).
              Presença real de Cristo na eucaristia: não é uma presença física, mas sacramental. Presença dinâmica e ativa, “na qual se torna novamente presente a vitória e o triunfo de sua morte” (SC 6), uma presença não mais centrada unicamente na morte de Jesus, mas apontando para “seu corpo no estado glorioso de ressuscitado” (João Paulo II, Ecclesia de Eucharistia, 18).
             Participar da missa é imbuir-se da mesma força, presença de Jesus para fazer o mesmo que ele fez. A transfiguração da minha vida precisa transfigurar o mundo. A eucaristia nos foi dada para a transformação do mundo.
              Cordeiro de Deus – fração do pão. Somos muitos, mas formamos um só corpo. Sozinha/o eu não sou o corpo de Cristo. Sou parte deste corpo. Somente na assembleia reunida formamos o corpo de Cristo. 1Cor 12, 27. Em cada Celebração Eucarística precisamos passar da morte para a vida. Com Jesus precisamos fazer esta passagem, ver Colossenses 3, 1 - 17.
              Os termos ‘corpo entregue por vós’, e ‘sangue da nova e eterna aliança derramado por vós’, apontam para a morte de Jesus entendida como sacrifício; não mais como os sacrifícios de animais da tradição sacerdotal na Antiga Aliança, mas como o sacrifício espiritual da tradição profética, como entrega de sua vida, em resgate de muitos.
             “Anunciar a morte do Senhor ‘até que ele venha’ inclui, para os que participam da eucaristia, o compromisso de transformarem a vida, de tal forma que esta se torne, de certo modo, ‘eucarística’. São precisamente este fruto de transfiguração da existência e o empenho de transformar o mundo segundo o evangelho que fazem brilhar a tensão escatológica da celebração eucarística e de toda a vida cristã: ‘Vinde, Senhor Jesus!’ (Ap 22,20).” (JPII, EcclEuc, n. 20).
              O Cristo Ressuscitado está presente (‘presença real’!) também na assembleia litúrgica que ora e canta, na Palavra proclamada, no ministro que preside a celebração. Ele está presente em todos os momentos de nossa vida e em todas as realidades, fazendo acontecer a páscoa na história da humanidade.
Documentos citados pela Irmã Ione Buyst
] Missa (A) memória de Jesus no coração da vida

] Celebrar com símbolos

] Sinais, palavras e gestos na liturgia

] Pão e vinho para nossa ceia com o Senhor

] Participação na Liturgia

] Documento da CNBB - Nº 89

] Sacrossanto Concilio - Nº 40


Irmã Maria Aparecida Rosa, sdn

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