MEUS
PRIMEIROS PASSOS EM TERRAS MINEIRAS...
Primeiro de janeiro de 2018, confesso
que o coração estava a mil por hora! Finalmente, eu conheceria o lugar onde
começou uma profunda história de amor: o nascimento da Congregação das Irmãs
Sacramentinas de Nossa Senhora - Manhumirim.
Com os olhos cheios de lágrimas, os
pés um pouco travados e uma felicidade que naquele momento me contagiava, um
passo junto a um sentimento e uma oração bem forte e então eu cheguei a
Manhumirim! Um berço protegido de montanhas, fazendo com que seus ‘sobe e desce’,
sejam as bordas daquele incrível lugar e passando pelas ruas da cidade,
abençoada por Padre Júlio Maria a ansiedade me fazia tremer mais ainda as
pernas.
Pisar no chão da terra, que naquele
instante era a minha terra santa, parecia-me por alguns segundos, que a alma
dizia ao meu corpo: você chegou a sua terra. Tão estranho como tanta coisa que
já vivi, pensava comigo mesma, por que me sentia tão em casa se meu Solimões
estava tão longe?! A paz que Manhumirim me trouxe e traz, todas às vezes que eu
lembro é incomum, eu me sinto tão aquele lugar que meus olhos se enchem de
lágrimas todas as vezes que aquele nome ressoa em meu coração.
Hoje,
lendo um pouco sobre o fascinante Pe. Júlio Maria, que escrevia algo bem assim:
“Lancemos um olhar retrospectivo sobre as circunstancias da partida”, eu olho
para o meu Amazonas, tão plaino e reto como todas as decisões certeiras de
minha vida.
Em meu
conceito, tudo teria que ser ‘perfeito’. Esta imagem não poderia se desfazer na
imensidão do Rio Solimões, ou da maior floresta do mundo. Ah, meu Deus, quanta ilusão!
Hoje,
nas montanhas de Minas Gerais, bem que poderia ser na beira de um mar, ou
naquele sertão de ‘rachar a terra’, ou até mesmo os planaltos da Bacia do
Paranaíba. Me enganei! Deus escolheu um deslumbrante fenômeno, o descer e
subir, as montanhas ‘risonhas’ enfeitadas por pedras que me mostram todos os
dias, o quanto a vida é esse sobe e desce de forma original. Aprendi que nas
águas mais ofegantes do mundo, ou nas
montanhas mais ‘arretadas’ desse Brasil é que Deus, sempre coloca tudo para nos
fazer compreender o Projeto que tem, para cada uma e cada um de nós.
POEMA
AS MONTANHAS ME FALAM
Que as montanhas me ensinem
A ser como elas são.
Com todas as quedas pedregosas,
Se elevam na mais forte e sábia beleza!
O descer e subir
Faz com que elas
Voltem às raízes
Para se erguerem mais firmes
São montanhas que se
Interligam de curvas em curvas
E Ligam-se no saber das pedras.
Que eu seja como elas:
Alguém que lembre sempre o porquê
Está vivendo no meio do solo delas.
Kariny Eloise Pantoja da
Silva - Aspirante
OBRIGADO Kariny pela partilha.
ResponderExcluirDá pra perceber que vc está fazendo uma belíssima experiência vocacional.
Rezo sempre por você,pois, sei como é exigente o caminho vocacional. Que a graça divina esteja sempre com vc. "Deus basta" .
Felicidades e tudo de bom.
com muito carinho. saudade.
pe. Mellon desde Alvarães-AM.
Que lindo Karine! Sinto que suas palavras são extremamente verdadeiras e extraídas do íntimo de sua alma. Parabéns minha menina que amo tanto,que em sua infinita bondade lhe cubra de muita luz e sabedoria para que vc possa prosseguir em sua caminhada vocacional. Amei sua matéria!! muito orgulhosa de vc!!!😗Saudades!!!
ResponderExcluirSara Meireles
Alvarães-Am.
Obrigada por me enviar o link, irma deyse, de um texto feito poesia, de uma pessoa q não conheço, mas, q me fez imagina-la!... E nesse imaginário, viajei na totalidade do ser humano, na delicadeza da alma e me lancei no q há de mais profundo e sagrado dentro do universo de cada um. Isso é vocação! Parabéns, menina! Siga suas convicções! Estou encantada!
ResponderExcluirQue experiência profunda e muito bela partilha! Deus abençoe seus passos !
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